Lesões surgem por causa da reprodução celular excessiva e na maioria dos casos são benignas e sem gravidade, mas podem precisar de tratamento
Nódulo no fígado é um tipo muito comum de lesão hepática, que se caracteriza por uma massa de células que se reproduziram de forma excessiva. Estima-se que esteja presente em 15% a 30% das pessoas. Apesar de a maioria dos nódulos no fígado serem tumores benignos assintomáticos ou com poucos sintomas, alguns podem ter caráter maligno, ou seja, relacionados a algum tipo de câncer.
O diagnóstico de nódulo no fígado pode indicar a presença de uma ou mais lesões e muitas vezes é feito ao acaso. Independentemente da gravidade da lesão, é importante que o acompanhamento seja feito em conjunto com um médico hepatologista, e que sejam seguidas todas as recomendações.
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O que o nódulo no fígado pode indicar?
De forma geral, os nódulos no fígado podem ser classificados em lesões benignas e malignas. Nos nódulos benignos, o crescimento é lento e de forma limitada e organizada, ou seja, não existe o risco de que se espalhem e se tornem metástases. Já os nódulos malignos, que são cancerígenos, se reproduzem de maneira desordenada e rápida a ponto de poderem se espalhar por tecidos em todo o corpo.
A maioria dos diagnósticos são de nódulos no fígado benignos, que podem ser classificados em quatro tipos:
- Hemangioma: o tipo mais comum de nódulo no fígado, caracterizado por uma malformação dos vasos sanguíneos de origem congênita, isto é, desde o nascimento. Na maioria dos casos, não tem mais do que 5 centímetros.
- Hiperplasia nodular focal: é o segundo tipo de nódulo hepático mais frequente. É formada por células metabólicas do fígado e tem pouquíssimas chances de evoluir e se tornar um tumor maligno. Pode se manifestar de forma única ou múltipla. Na maioria dos casos, as lesões também não são maiores que 5 centímetros.
- Adenoma hepático: é um nódulo benigno que pode surgir nas células do canal biliar ou nas próprias células hepáticas. É mais comum nas mulheres em idade reprodutiva. Precisa de acompanhamento cuidadoso, pois tem chances mais elevadas de evoluir e se tornar maligno.
- Cistos: muitos achados interpretados como nódulo no fígado são, na verdade, cistos. São cápsulas preenchidas com líquido em seu interior. A maioria dos casos não evolui de forma grave.
Quando o nódulo no fígado é um tumor maligno, é importante saber sua origem. Os tumores primários são aqueles que se originam nas próprias células hepáticas. Os tumores metastáticos são os que surgem em outros órgãos ou tecidos e depois se espalham para o fígado. Os mais comuns são os que vêm do sistema digestivo.
Os principais tipos de câncer primário no fígado são o carcinoma hepatocelular, que é o mais comum; o colangiocarcinoma hepático, que atinge as células dos dutos biliares; e o hepatoblastoma, tipo de câncer no fígado mais comum em crianças de até 4 anos.
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Causas do nódulo no fígado
As causas de nódulo no fígado dependem de seu tipo. A maioria dos nódulos benignos não costuma ter causa definida. Mesmo assim, alguns casos de hemangioma e de hiperplasia nodular focal podem estar relacionados às malformações nos vasos sanguíneos. Casos de adenomas e hiperplasias também podem ter relação com o consumo prolongado de anticoncepcionais.
A presença de doenças hepáticas, como cirrose, gordura no fígado, doenças hereditárias e os tipos de hepatite, também são fatores que podem contribuir para o aparecimento de nódulos no fígado benignos e malignos. Já os nódulos cancerígenos podem se manifestar pelas mesmas causas, além de outros fatores, como metástases vindas de outros tecidos e evolução de nódulos benignos.
Sinais e sintomas
A maioria dos tipos benignos de nódulo no fígado não apresenta sintomas ou eles só se manifestam uma vez que o nódulo cresce muito ou sofre hemorragia. Nesses casos, os principais sintomas são dores abdominais, alterações na sensação de saciedade, náuseas e vômitos.
Quando o nódulo no fígado é maligno, os sintomas são parecidos, junto com outros como aumento do fígado, perda de peso, icterícia (pele amarelada) e agravamento de doenças hepáticas prévias, como as hepatites. Assim como nos nódulos benignos, são sintomas que só costumam aparecer com a doença em estágio mais avançado.
Diagnóstico do nódulo no fígado
Por causa das raras manifestações sintomáticas, uma pessoa pode passar anos sem saber que tem nódulo no fígado. O diagnóstico da maioria dos casos de nódulo no fígado ocorre por acaso, em exames de rotina ou com intuito de investigar outras doenças.
A partir do momento em que se encontram evidências de nódulo no fígado, é importante aprofundar a investigação para identificar o tipo de nódulo. Isso porque tipos diferentes da lesão podem ser muito parecidos em um primeiro achado.
Por esse motivo, o diagnóstico preciso é fundamental para diferenciar nódulos que não apresentam riscos daqueles que podem ser perigosos ou potencialmente malignos. Alguns exames de imagem, como ecografia, ressonância magnética e tomografia, podem ser solicitados junto a exames de sangue. Em alguns casos, deve ser feita uma biópsia do nódulo.
Tratamento para nódulo no fígado
O tratamento do nódulo no fígado só se inicia uma vez que o tipo de lesão é devidamente diagnosticado e identificado. A maioria dos nódulos benignos pequenos e sem sintomas não precisam de tratamento específico, sendo necessário apenas acompanhamento constante de suas características.
Em casos em que o nódulo está muito grande, causando sintomas ou há preocupação sobre outras complicações, o tratamento mais indicado é o cirúrgico. Em casos de nódulos malignos, o processo de tratamento deverá seguir as diretrizes de acordo com cada tipo de câncer no fígado.
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Cirurgia de fígado
A cirurgia pode ser indicada para tratar nódulo no fígado quando este é muito volumoso ou sintomático. Pode ser um procedimento necessário em alguns casos em que permanece a dúvida diagnóstica mesmo após a realização de vários exames. Tanto os hemangiomas, adenomas e hiperplasias nodulares podem ter indicação de cirurgia.
Na cirurgia de fígado, que pode ser feito por via aberta ou laparoscópica, é realizada a remoção do nódulo ou de parte do fígado afetada por ele. Já os cistos podem ser removidos por cirurgia de ressecção ou tratados por meio de punção ou aspiração. Em casos extremos, de nódulos múltiplos que comprometam diretamente a função do órgão, pode ser indicado até mesmo o transplante de fígado.
Médico para nódulo no fígado
Mesmo que a maioria dos casos de nódulo no fígado não seja grave, é importante que seja realizado o acompanhamento periódico com o médico hepatologista. Isso porque é importante acompanhar o crescimento e evolução do quadro. Além disso, qualquer manifestação de sintoma deve ser devidamente relatada ao especialista.
Dessa forma, a qualquer sinal de gravidade ou necessidade de tratamentos complementares, o paciente será devidamente acolhido e encaminhado. Muitos casos graves, como os cânceres de fígado, possuem melhor prognóstico quando diagnosticados e tratados precocemente.
Para saber mais sobre nódulo no fígado e seus tratamentos, entre em contato com o Dr. Tiago Emanuel e agende uma consulta.
Fontes:
Instituto Nacional do Câncer (INCA)