Tumor benigno é assintomático e raramente precisa de intervenção cirúrgica, mas é importante manter acompanhamento com especialista
A presença de nódulos ou quaisquer outras anormalidades na estrutura e no funcionamento adequado do fígado é sempre motivo de preocupação. Isso ocorre porque o fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Ele é responsável por secretar substâncias, como a bile, que atuam na desintoxicação do corpo. Além disso, o fígado atua amplamente na regulação do metabolismo e participa do processo digestivo.
Os tumores e nódulos, benignos ou cancerígenos, podem se formar no fígado e se caracterizam por uma ou mais massas de tecido que crescem de forma anormal. São doenças que precisam ser investigadas e tratadas com muita atenção junto a um especialista e, algumas vezes, necessitam de intervenção cirúrgica. Um dos tumores benignos mais comuns no órgão é a hiperplasia nodular focal do fígado.
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O que é hiperplasia nodular focal do fígado?
A hiperplasia nodular focal do fígado é um tipo de tumor benigno que acomete as células metabólicas do fígado. É o segundo tumor benigno de fígado mais comum, ficando atrás apenas dos hemangiomas. Em dados estatísticos, corresponde a cerca de 8% dos tumores hepáticos primários, isto é, que se iniciam no próprio fígado.
O nódulo é composto por células chamadas hepatócitos, que são responsáveis pelas funções metabólicas do fígado. Geralmente, não têm mais do que 5 centímetros, mas existem relatos de alguns casos, mais raros, que cresceram a até 20 centímetros. Além disso, alguns pacientes podem apresentar mais de um nódulo.
Nem todos os casos de hiperplasia nodular focal do fígado têm risco de gravidade, mas ainda assim devem ter seu desenvolvimento acompanhado periodicamente por um médico especialista, principalmente aqueles associados a outras doenças ou com manifestação de sintomas graves.
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Causas da hiperplasia nodular focal do fígado
Não existe uma determinação exata das causas da hiperplasia nodular focal do fígado. Apesar disso, sabe-se que existe uma relação entre o problema e a incidência de malformações vasculares. Por outro lado, existem estudos que sugerem a relação entre o consumo de contraceptivos orais e o surgimento dos nódulos no fígado.
Sinais e sintomas
Por se tratar da formação de um ou mais nódulos pequenos que raramente têm mais de 5 centímetros, os sinais não são tão perceptíveis, e muito comumente encontrados em exames de imagem realizados no intuito de investigar outros problemas.
O que contribui para este fato é que a hiperplasia nodular focal do fígado só apresenta sintomas em casos raros. As principais manifestações em casos sintomáticos são dores abdominais e saciedade precoce. Esses sintomas podem estar relacionados a casos de hemorragia e ruptura relacionados à doença.
Como o diagnóstico é realizado?
Como dito anteriormente, o diagnóstico da hiperplasia nodular focal do fígado é quase sempre uma descoberta feita ao acaso em exames de ecografia ou outros exames de imagem. Mesmo assim, a partir do momento em que os nódulos são encontrados no resultado do exame, é importante que sejam realizados outros exames para confirmar o diagnóstico em relação a outras doenças hepáticas que têm sinais semelhantes.
Os principais exames que podem ser realizados para confirmar o diagnóstico são:
- Biópsia do tumor;
- Cintilografia;
- Exames de sangue;
- Tomografia;
- Ressonância.
Na maioria dos casos, ele se manifesta em nódulo único, mas alguns pacientes podem apresentar a doença de forma multifocal, ou seja, com mais de um nódulo benigno. Existem pacientes que têm hiperplasia nodular focal do fígado junto a outras doenças, como os adenomas.
Tratamento para hiperplasia nodular focal do fígado
O estabelecimento do tratamento correto para a hiperplasia nodular focal do fígado depende do diagnóstico preciso. A partir do momento em que se estabelece com exatidão que o problema se trata desta doença, o médico especialista em fígado deverá estabelecer as diretrizes de tratamento adequadas a cada paciente.
De modo geral, casos sem manifestação de sintomas, que não apresentem grande crescimento do nódulo e nenhuma doença associada não precisam de tratamento específico, sendo recomendado, na maioria das vezes, acompanhamento periódico. Às pessoas que fazem uso de contraceptivos, pode haver a recomendação de diminuir ou interromper o uso para conter o crescimento do tumor. Dito isso, alguns casos podem apresentar necessidade de remoção cirúrgica.
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Cirurgia de fígado
A indicação de procedimento cirúrgico mais comum no tratamento da hiperplasia nodular focal do fígado é a hepatectomia ou ressecção hepática. É um procedimento que consiste na remoção de parte do fígado afetada pela doença que se deseja tratar, como nos casos dos tumores benignos e malignos.
A cirurgia de fígado só pode ser realizada em pacientes com bom estado geral de saúde. Por ser um procedimento invasivo e de certa complexidade, que exige um período de recuperação — a função hepática normal só volta após um período de 6 a 8 semanas — e pode ter complicações, a cirurgia só é indicada no tratamento nos seguintes casos:
- Pacientes sintomáticos;
- Pacientes que apresentam ruptura ou hemorragia;
- Presença de outras doenças associadas;
- Avanço considerável no crescimento do nódulo;
- Casos de dúvida diagnóstica.
Médico para hiperplasia nodular focal do fígado
Apesar de não ser um problema grave na maioria dos casos, é importante que se mantenha acompanhamento periódico da saúde do órgão com um especialista, pois a doença muitas vezes é achada em processo de investigação e tratamento de outras doenças associadas.
Além disso, a hiperplasia nodular focal do fígado pode ser facilmente confundida com outros tipos de tumores hepáticos que podem ser graves e levar a complicações importantes e à morte. Por isso, a qualquer sinal, sintoma ou suspeita, o médico especialista deve ser consultado para que o tratamento adequado seja estabelecido o quanto antes.
O Dr. Tiago Emanuel é especialista em cirurgia do aparelho digestivo. Para saber mais, entre em contato e agende uma consulta.
Fontes: