Câncer maligno do fígado tem sintomas silenciosos, mas está associado principalmente a causas evitáveis
O hepatocarcinoma é o tipo mais comum de câncer primário do fígado, destacando-se também como o 6º tipo de tumor maligno mais frequente em todo o mundo. Esta é uma doença que se origina nas células deste importante órgão do corpo humano, chamadas hepatócitos — responsáveis principalmente pela sintetização de proteínas, produção da bile, controle do metabolismo de colesterol e diversas outras funções.
Também chamado de carcinoma hepatocelular, o hepatocarcinoma demanda atenção principalmente por ser uma doença silenciosa, o que dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, é muito comum que a doença seja descoberta apenas quando está em estágio mais avançado e com possibilidades reduzidas de tratamento. Nesse contexto, é essencial que um médico seja procurado diante de qualquer suspeita de alteração no fígado.
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O que é hepatocarcinoma?
O fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo humano, uma vez que apresenta funções múltiplas e fundamentais para o funcionamento do organismo. É justamente este órgão que produz a bile que vai auxiliar na dissolução e aproveitamento da gordura, armazenar a glicose, produzir proteínas nobres, desintoxicar o corpo, sintetizar o colesterol, filtrar microrganismos e metabolizar medicamentos.
O hepatocarcinoma se desenvolve a partir da multiplicação desordenada das células do fígado, uma alteração causada pela mutação dos genes dessas células. Essa mutação pode estar associada à presença de algum agente externo (como o vírus da hepatite B) ou pelo excesso de multiplicação das células hepáticas — observada em doenças crônicas do órgão. Esse crescimento desordenado gera um tumor maligno que tem caráter bastante agressivo.
Causas do câncer no fígado
Na maioria dos casos de hepatocarcinoma, a doença está diretamente relacionada à cirrose hepática e seus fatores de risco — como o alcoolismo e hepatite crônica. Outros importantes fatores de risco para o câncer de fígado são o diabetes e a obesidade, além de exposição a toxinas específicas, uso de anabolizantes e de estrogênio.
Isso significa, portanto, que o tumor maligno de fígado é uma condição que pode ser prevenida, especialmente com as chamadas medidas de prevenção primárias, que incluem a interrupção da transmissão do vírus da hepatite B e moderação no consumo de bebidas alcoólicas. Também é indicado adotar hábitos de vida que colaborem com o controle do peso corporal e prevenção de doenças que sobrecarregam o fígado.
Além disso, é fundamental investir na prevenção secundária, que consiste na detecção precoce do tumor maligno por meio de marcadores tumorais e acompanhamento geral da saúde. Este tipo de atenção permite que o hepatocarcinoma seja detectado quando ainda não causou nenhuma repercussão clínica ao paciente e apresenta maiores chances de sucesso no tratamento.
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Sinais e sintomas
A maioria dos pacientes com hepatocarcinoma não apresenta sintomas quando a doença está nos estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. Uma vez que este tumor está geralmente associado à cirrose hepática, sintomas de icterícia e de comprometimento do fígado geralmente estão presentes. É possível destacar como possíveis sintomas deste tumor:
- Dores abdominais agudas;
- Presença de massa abdominal;
- Distensão;
- Anorexia;
- Mal-estar;
- Coloração amarelada da pele e dos olhos (icterícia);
- Perda de apetite;
- Acúmulo de líquido no abdômen;
- Vômitos ou fezes com sangue.
Diagnóstico do hepatocarcinoma
O diagnóstico deste tumor muitas vezes pode ser feito por um exame de imagem simples, como a ultrassonografia. Também é muito comum que o hepatocarcinoma seja identificado em exames de rotina realizados em pacientes com cirrose ou hepatite, tais como:
- Exame de sangue;
- Endoscopia;
- Ecografia;
- Tomografia;
- Ressonância magnética.
Tratamento para hepatocarcinoma
A abordagem terapêutica para o tratamento do hepatocarcinoma depende das características e necessidades de cada caso, devendo ser sempre considerados detalhes como a idade do paciente, estágio em que o hepatocarcinoma se encontra, condições clínicas gerais e doença hepática de base (como cirrose ou hepatites). Cada paciente deve, portanto, ser avaliado de maneira individualizada.
Casos que ainda se encontram em estágios iniciais geralmente são indicados para cirurgia de remoção do tumor ou, dependendo do caso, destruição das células tumorais por meio de ablação. O transplante de fígado também pode ser considerado uma opção terapêutica em alguns casos, assim como a quimioterapia e a radioterapia para eliminação das células cancerígenas.
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Cirurgia de fígado
A cirurgia de fígado geralmente é o tratamento de escolha para pacientes que não possuem cirrose ou em que a condição não é considerada em estágio avançado. Esta intervenção pode ser realizada por metodologia aberta (também chamada de convencional, em que é feita uma incisão na região) ou por laparoscopia, em que são realizados cortes menores e o cirurgião visualiza a área com uma microcâmera.
No caso do transplante de fígado como opção de tratamento para o problema, a cirurgia consiste na remoção do órgão doente e sua substituição por um novo, proveniente de um doador. Este é o tratamento de escolha para a maioria dos casos em que o paciente apresenta cirrose, eliminando assim a predisposição para a formação de novos tumores no organismo do indivíduo.
A chance de cura do hepatocarcinoma, seja por meio da cirurgia ou por outras metodologias terapêuticas, depende de vários fatores. O principal deles é o estágio em que a doença foi identificada e o grau de comprometimento do fígado por cirrose. Por ser uma doença que se desenvolve de maneira silenciosa, porém, a maioria dos casos é identificada já em fase avançada.
Médico para câncer no fígado
O tratamento do hepatocarcinoma muitas vezes inclui uma equipe multidisciplinar, com oncologista, hepatologista e cirurgião do aparelho digestivo e vias biliares. O Dr. Tiago Emanuel é médico especializado em gastroenterologia, acumulando ampla experiência em cirurgias do aparelho digestivo, realizadas a partir de técnicas minimamente invasivas (como laparoscopia ou cirurgia robótica) ou metodologias convencionais.
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Fontes: