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Transplante de fígado
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
6 min. de leitura

Cirurgia de transplante hepático é feita a partir da remoção de um fígado doente e sua substituição por um órgão saudável, proveniente de um doador

O transplante de fígado é uma cirurgia que consiste na substituição de um órgão doente por um sadio e que esteja funcionando adequadamente. Trata-se de uma opção de tratamento para casos em que o fígado do paciente deixou de trabalhar conforme o esperado, oferecendo sério risco à vida do paciente. Este tipo de procedimento é indicado nos casos em que já não há outra opção de tratamento possível.

O fígado é um dos mais importantes órgãos que trabalham no sistema digestório, atuando na metabolização e armazenamento de nutrientes, além de em diversos outros processos essenciais para manter o corpo saudável e em pleno funcionamento. Falhas no funcionamento desta estrutura podem causar graves danos à qualidade de vida do paciente, reduzindo drasticamente sua expectativa de vida. O transplante de fígado visa justamente corrigir essas questões.

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Quando a cirurgia é indicada?

Diversas doenças podem afetar o fígado e prejudicar seu funcionamento, tais como cirrose hepática, insuficiência hepática, hepatite, tumores de fígado e doenças metabólicas. Essas condições podem comprometer gravemente o funcionamento do órgão, fazendo com que ele deixe de funcionar e causando diversas falhas em processos metabólicos. Isso pode fazer com que ocorra um grave comprometimento à saúde do paciente.

Pessoas com quadro de insuficiência hepática (associada a qualquer condição) ou câncer primário de fígado podem ser candidatas ao transplante de fígado, após esgotadas todas as demais alternativas de tratamento clínico e cirúrgico. O procedimento é justificado em indivíduos que apresentam doença hepática que, quando não tratada pela cirurgia, pode trazer maior chance de mortalidade do que a intervenção.

Qualquer pessoa com problemas no fígado pode fazer o transplante?

Como foi explicado, o transplante de fígado é indicado para casos em que outras metodologias terapêuticas já não são mais capazes de restabelecer o bom funcionamento do órgão. Nestes casos, o paciente deve continuar seguindo o tratamento proposto pelo médico, cuidando também de sua saúde geral, até que surja um doador de órgãos compatível e que não esteja com problemas de saúde.

Casos de hepatite B, especificamente, podem não ter indicação para realização do transplante de fígado. Isso porque o vírus tende a se instalar no órgão novo, causando assim os mesmos problemas de antes da cirurgia. O mesmo ocorre nos quadros de cirrose causada por alcoolismo: caso o paciente continue bebendo, o fígado novo será prejudicado. Por isso, é sempre necessário que o indivíduo seja criteriosamente avaliado antes de ser encaminhado para o transplante.

Outras situações que podem fazer com que o paciente não seja um candidato ao exame incluem:

  • Câncer em alguma outra parte do corpo;
  • Infecção ativa importante;
  • Doenças graves no pulmão, coração ou sistema nervoso;
  • Falta de capacidade de o paciente seguir as instruções médicas.

Quais são os cuidados pré-operatórios?

Para se preparar para um transplante de fígado, é indicado que o paciente mantenha uma boa alimentação geral, evitando preferencialmente alimentos ricos em gordura e açúcar. Também é recomendado que o indivíduo se mantenha atento a seu estado geral de saúde, informando qualquer alteração ao médico, permitindo assim que ele faça os tratamentos adequados para manutenção da qualidade de vida e saúde até o momento da cirurgia.

Quando o paciente é chamado para o transplante, é importante que ele inicie os protocolos de jejum e vá para o hospital indicado o mais rapidamente possível.

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Como o transplante de fígado é feito?

A cirurgia de transplante de fígado demora entre 4 e 14 horas para ser realizada. O procedimento consiste na remoção do fígado doente, ao mesmo tempo em que outra equipe médica prepara o órgão que será transplantado.

Para a remoção, o cirurgião desconecta o fígado doente dos ductos biliares e vasos sanguíneos, bloqueando o sangue que flui para a região. O fígado novo é, então, colocado no lugar do órgão que foi removido, sendo conectado aos ductos biliares e vasos sanguíneos, passando a integrar o corpo do paciente.

Como é a recuperação?

O paciente transplantado poderá ficar internado entre 1 e 3 semanas, tempo necessário para que a equipe médica verifique se o novo órgão está funcionando adequadamente. Nesse período, é necessário iniciar a administração de medicamentos que ajudam a prevenir infecções e a rejeição do fígado sadio. Este período também é marcado por uma dieta específica, inicialmente líquida e que vai se tornando sólida gradualmente.

O uso de medicamentos e os cuidados com a saúde acompanham o paciente após a alta hospitalar, normalmente se estendendo por toda sua vida.

Quais os riscos da cirurgia?

Além dos riscos comuns de qualquer cirurgia, que incluem principalmente infecção, o transplante de fígado destaca-se pelo risco de rejeição do órgão. A rejeição ocorre quando o sistema imunológico do paciente, responsável pela defesa do organismo, identifica o órgão novo como um organismo estranho e passa a atacá-lo. Isso pode levar a um quadro de náuseas, febre, dor e icterícia.

Médico para transplante de fígado

Em geral, o médico responsável por acompanhar a saúde do fígado de um paciente é o hepatologista. O transplante de fígado, por sua vez, é realizado por um cirurgião do aparelho digestivo com conhecimento especializado neste tipo de procedimento.

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Perguntas frequentes

Como é obtido o fígado a ser doado?

O transplante de fígado pode ser realizado tanto com um órgão de um indivíduo que acabou de falecer e que apresenta o fígado saudável, ou intervivos — na qual um doador vivo cede parte de seu fígado para o paciente. Nos dois casos, é necessário confirmar a compatibilidade entre o órgão doado e o paciente.

Quanto tempo demora para se conseguir um fígado novo?

Todas as pessoas com indicação para transplante de fígado são incluídas em uma lista de espera que é organizada por ordem de gravidade. Isso significa que pacientes com quadros mais graves recebem o fígado novo antes. O tempo de espera varia para cada localidade.

Como prevenir a rejeição do órgão?

Para prevenir a rejeição, o paciente deve tomar medicamentos imunossupressores, que enfraquecem a capacidade do sistema imunológico de rejeitar o órgão novo.

Os imunossupressores têm efeitos colaterais?

Sim. Uma vez que esses medicamentos enfraquecem o sistema imune, o paciente fica mais suscetível a infecções. Por isso, é indicado que o indivíduo tome cuidado no contato com pessoas doentes.

Dependendo do medicamento utilizado, o paciente pode registrar ganho de peso, aumento da pressão arterial, diabetes, danos aos rins e enfraquecimento dos ossos.

Posso voltar às minhas atividades diárias?

Após ser submetido a um transplante de fígado bem-sucedido, o paciente poderá retomar suas atividades rotineiras. Entretanto, pode levar um tempo até que seu organismo recupere força e resistência. Vale lembrar que alguns cuidados devem ser adotados por toda a vida, como comparecimento a avaliações periódicas, adoção de dieta saudável e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Para saber mais sobre o transplante de fígado, entre em contato com o Dr. Tiago Emanuel e agende uma consulta.

 

Fontes:

Manual MSD

Hospital Sírio Libanês

Serviço de Gastroenterologia da Universidade Federal de Santa Catarina

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