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Remoção de pedras na vesícula: quando é indicada?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
15/01/2024
5 min. de leitura

Saiba como é feita a cirurgia e quais os cuidados pré e pós-operatórios

A vesícula biliar é um órgão pequeno, em forma de pera, localizado no lado direito do abdômen, logo abaixo do fígado. Ela armazena a bile, um fluido digestivo produzido no fígado que é liberado no intestino delgado sempre que necessário para ajudar na digestão de gorduras.

Porém, há situações em que pedras (ou cálculos biliares) podem se formar na vesícula, causando dor intensa na região do abdômen, entre outros sintomas. Em alguns casos, a remoção de pedras na vesícula deve ser feita por meio de cirurgia para retirada do órgão. Continue lendo o texto abaixo para saber mais.

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Como se formam as pedras na vesícula?

As pedras na vesícula se formam, geralmente, quando há um excesso de colesterol no organismo. Excesso de bilirrubina também pode levar à formação das pedras.

Os cálculos biliares variam em tamanho, podendo ser bem pequenos ou grandes, do tamanho de uma bola de tênis. Algumas pessoas desenvolvem apenas um cálculo biliar, enquanto outras desenvolvem muitos cálculos biliares ao mesmo tempo.

Causas e sintomas

Acredita-se que as causas da pedra na vesícula tem como causa principal o excesso de colesterol e de bilirrubina, ou quando a vesícula biliar não se esvazia como deveria por algum motivo.

A formação das pedras pode ainda ter relação com:

  • Cirrose;
  • Infecções no trato biliar;
  • Doenças hereditárias do sangue, como anemia falciforme.

No início, a maioria dos cálculos biliares não causa sintomas. No entanto, quando as pedras se tornam maiores ou quando começam a obstruir os ductos biliares, sintomas podem ocorrer. Entre eles, incluem-se:

  • Dor constante e intensa na parte de cima do abdômen;
  • Dor nas costas;
  • Dor no ombro direito;
  • Náuseas e vômitos;
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos);
  • Inchaço abdominal;
  • Intolerância a alimentos gordurosos;
  • Flatulência;
  • Indigestão.

Complicações das pedras na vesícula

As complicações dos cálculos biliares podem incluir:

  • Colecistite aguda: ocorre quando a pedra obstrui o ducto biliar, causando inflamações e acúmulo de pus, peritonite (inflamação do peritônio, tecido que reveste a parede interna do abdômen) ou acúmulo de muco;
  • Fístulas (perfurações) no intestino delgado ou cólon, causando obstrução intestinal (íleo biliar), sangramento e infecções;
  • Coledocolitíase (cálculos no ducto que transporta a bile);
  • Colangite e papilites (inflamação das vias biliares);
  • Pancreatite (inflamação no pâncreas).

Como funciona a cirurgia para remoção de pedras na vesícula?

A cirurgia para remoção de pedras na vesícula, chamada de colecistectomia, visa a retirada da vesícula biliar, o que faz com que a bile flua diretamente do fígado para o intestino delgado.

A cirurgia para remoção de pedras na vesícula pode ser realizada de duas maneiras:

  • Por laparoscopia: são realizadas pequenas incisões no abdômen por onde o cirurgião insere os instrumentos que o ajudarão na remoção da vesícula, além de uma microcâmera que o guiará durante o procedimento transmitindo as imagens para uma tela de computador.
  • Cirurgia aberta: uma única incisão, maior, é feita no abdômen para remover a vesícula.

Ambas as técnicas utilizadas para a remoção de pedras na vesícula são realizadas em ambiente hospitalar, com anestesia geral.

Como deve ser realizada a avaliação pré-operatória?

A avaliação pré-operatória inclui uma consulta com o médico para que ele forneça as recomendações essenciais para o bom sucesso da cirurgia de remoção de pedras na vesícula. Além disso, são realizados alguns exames laboratoriais (glicemia em jejum, hemograma completo, coagulograma, creatinina), de imagem (ultrassom e raio-X de abdômen) e eletrocardiograma.

Outras recomendações incluem: parar de fumar alguns dias antes da cirurgia de remoção de pedras na vesícula, ajustes nas medicações utilizadas e adequação da alimentação.

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Quando a cirurgia é recomendada?

A cirurgia para remoção de pedras na vesícula é indicada quando a formação de pedras ocorre com frequência e para alguns pacientes com maior risco de complicação, como pessoas com diabetes, pacientes com vesícula calcificada ou, ainda, que possuam microcálculos que podem migrar para o pâncreas e causar pancreatite aguda.

Como é o pós-operatório?

Geralmente, a recuperação do paciente após a cirurgia de remoção de pedras na vesícula é rápida, principalmente quando realizada pela técnica minimamente invasiva (laparoscopia). A alta hospitalar costuma ser dada no mesmo dia e, em cerca de duas semanas, já é possível retomar as atividades normais.

Já na cirurgia aberta, o tempo de internação pode variar de três a cinco dias, e a retomada das atividades pode levar de seis a oito semanas.

É recomendado, após a cirurgia de remoção de pedras na vesícula:

  • Manter uma dieta saudável e equilibrada;
  • Fazer exercícios leves já a partir do primeiro dia após a cirurgia;
  • Manter o local das incisões limpos e secos;
  • Não dirigir na primeira semana após a cirurgia de remoção de pedras na vesícula.

Quais os riscos da cirurgia para pedra na vesícula?

A cirurgia para remoção de pedras na vesícula pode ter como efeitos colaterais temporários:

  • Inchaço no local operado;
  • Dor na barriga e nos ombros — isso é resultado do gás usado para inflar o abdômen durante a cirurgia, procedimento que permite melhor visualização do local operado;
  • Flatulência e diarreia.

Há ainda o risco de:

  • Hemorragia;
  • Infecção;
  • Vazamento de bile;
  • Lesão no ducto biliar, nos intestinos e vasos sanguíneos;
  • Trombose.

Esses efeitos podem durar algumas semanas após a cirurgia de remoção de pedras na vesícula.

Benefícios da cirurgia minimamente invasiva

A cirurgia minimamente invasiva (laparoscopia) traz diversos benefícios ao paciente. Entre eles, destacam-se:

  • Recuperação mais rápida;
  • Menor tempo de internação;
  • Menor risco de sangramentos e complicações;
  • Rápido retorno às atividades de rotina;
  • Menos dor no pós-operatório, o que, consequentemente, reduz a necessidade de medicações para controle da dor.

O Dr. Tiago Emanuel é cirurgião do aparelho digestivo e tem experiência no tratamento de patologias como as pedras na vesícula. Entre em contato e agende uma consulta.

 

Fontes:

Johns Hopkins Medicine

Ministério da Saúde

Mayo Clinic