Alteração é caracterizada pelo retorno do conteúdo estomacal para o esôfago, causando irritações na mucosa esofágica
O refluxo gastroesofágico é uma das doenças mais comuns do aparelho digestivo, sendo caracterizado pelo retorno involuntário e repetitivo do conteúdo estomacal para o esôfago. Esta alteração pode desencadear uma série de sintomas desconfortáveis, assim como trazer prejuízos à saúde do paciente.
Por se tratar de uma doença crônica, é fundamental que o refluxo gastroesofágico seja devidamente diagnosticado e tratado para garantir a manutenção da saúde e bem-estar do indivíduo. Isso porque a exposição prolongada do esôfago ao ácido estomacal pode resultar em danos sérios ao órgão, tais como esofagite e úlceras. Saiba mais a respeito desse problema a seguir!
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O que é refluxo gastroesofágico?
O refluxo gastroesofágico é uma doença digestiva crônica que consiste no retorno do conteúdo gástrico — sejam eles gases, líquidos ou sólidos — para o esôfago, causando irritação na mucosa do tubo alimentar. O problema é mais comum entre pessoas com mais de 40 anos, mas também pode ocorrer em outras fases da vida, inclusive em crianças pequenas.
Após a mastigação, os alimentos ingeridos passam pela faringe e chegam ao esôfago, um tubo que desce pelo tórax e conta com duas válvulas que se abrem para dar passagem aos alimentos. O esfíncter esofágico superior se abre para permitir a entrada do bolo alimentar, enquanto o esfíncter inferior possibilita a passagem para o estômago, onde ocorre a digestão.
Quando o bolo alimentar chega ao estômago, o esfíncter esofágico se fecha imediatamente para evitar que o suco gástrico retorne para o esôfago. Durante uma crise de refluxo gastroesofágico, os alimentos e o suco gástrico fazem o caminho inverso do esperado e retornam ao esôfago. Quando esse processo se torna crônico, é caracterizada a doença do refluxo gastroesofágico.
Sintomas do refluxo gastroesofágico
O sintoma mais comum desse quadro é a sensação de queimação no peito e a regurgitação, mas o paciente também pode apresentar outros sinais, como:
- Tosse seca crônica;
- Azia;
- Queimação que se origina na boca do estômago, podendo atingir também a garganta;
- Dor torácica intensa;
- Doenças pulmonares de repetição.
Causas e fatores de risco
Há diversos fatores que podem estar envolvidos com a ocorrência do refluxo gastroesofágico. Em geral, o problema pode surgir a partir de alterações anatômicas ou no funcionamento do esfíncter esofágico. Além disso, a alteração pode ser favorecida por:
- Uso de alguns medicamentos, como antidepressivos, anti-histamínicos e bloqueadores de canais de cálcio;
- Presença de hérnia de hiato ou fragilidade dos músculos da região;
- Obesidade;
- Consumo de alimentos gordurosos e bebidas cafeinadas;
- Consumo de álcool;
- Tabagismo.
Diagnóstico do refluxo gastroesofágico
O diagnóstico da condição é feito a partir da avaliação do quadro clínico apresentado pelo paciente e da realização de exames complementares, caso necessário. Nem todos os indivíduos possuem indicação para realização de exames complementares, cabendo ao especialista avaliar os sintomas apresentados e as demais características do indivíduo.
Tratamento do refluxo gastroesofágico
O tratamento do refluxo gastroesofágico pode ser clínico ou cirúrgico, demandando alterações comportamentais por parte do paciente. O tratamento clínico inclui a administração de medicamentos que ajudam a reduzir a saliência e a acidez estomacal, aliviando os sintomas. Também podem ser utilizados fármacos para proteger a mucosa do esôfago.
Além disso, é necessário que o paciente adote algumas medidas que favoreçam o controle da condição, tais como:
- Evitar alimentos que predispõem a ocorrência de refluxo;
- Evitar ingerir líquidos durante as refeições;
- Evitar deitar-se nas primeiras 2 ou 3 horas após as refeições;
- Fracionar a dieta;
- Em alguns casos, perder peso.
A cirurgia para refluxo gastroesofágico é indicada para os casos em que o tratamento conservador não foi capaz de controlar a doença, ou ainda quando há complicações graves associadas à condição. O procedimento consiste no reforço da musculatura do esfíncter esofágico inferior, de modo a impedir que o conteúdo estomacal continue retornando ao esôfago.
Recomendações prognósticas
Como foi explicado, o tratamento do refluxo gastroesofágico inclui também algumas mudanças no estilo de vida do paciente. Estas medidas também são necessárias para manter a condição sob controle, e consistem em:
- Interromper o tabagismo;
- Fazer exercícios físicos regularmente;
- Evitar o consumo de bebidas cafeinadas, gaseificadas e alcoólicas;
- Evitar o consumo de alimentos gordurosos, ácidos e chocolates;
- Não se deitar logo após as refeições;
- Reduzir a quantidade de alimentos ingeridos em cada refeição;
- Não usar roupas apertadas na região abdominal;
- Ajustar a cama de modo que a parte superior do tronco fique levemente mais elevada.
Para saber mais a respeito do refluxo gastroesofágico, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Tiago Emanuel.
Fontes: