Cirurgia para reverter a colostomia é indicada em situações específicas. Saiba quais.
Determinadas situações, como doenças e lesões causadas por acidentes ou malformações congênitas, podem afetar o funcionamento do sistema digestivo e exigir que o trânsito intestinal seja desviado. Esse procedimento cirúrgico é conhecido como colostomia e consiste em exteriorizar uma parte do intestino grosso (cólon) para a parede abdominal, permitindo a saída de fezes para uma bolsa coletora.
Quero saber mais sobre essa cirurgia!
A colostomia é realizada em casos de câncer colorretal, doença de Crohn, diverticulite e outras condições que provocam alterações no intestino que impedem o paciente de eliminar as fezes normalmente através do ânus.
A maior parte dos pacientes que realiza uma colostomia pode reverter o procedimento em uma cirurgia adicional, conhecida como reconstrução do trânsito intestinal.
Saiba mais a seguir.
O que é a reconstrução do trânsito intestinal?
A colostomia, na maioria dos casos, possui caráter temporário. A técnica, que liga o intestino grosso diretamente à parede abdominal para possibilitar a saída de fezes para a bolsa de colostomia, é utilizada por alguns meses, até que haja a cicatrização do intestino após um trauma, como uma cirurgia.
Como já mencionada, a reconstrução do trânsito intestinal é a reversão da colostomia, permitindo que o paciente volte a evacuar pelo ânus. A cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal consiste em ligar a alça intestinal exteriorizada para o abdômen de volta à extremidade do intestino dentro da cavidade abdominal.
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Quando é possível realizar o procedimento?
Nem sempre é possível realizar a reconstrução do trânsito intestinal e a indicação da cirurgia depende de uma avaliação individualizada do caso, feita pelo cirurgião do aparelho digestivo. De modo geral, o paciente precisar reunir boas condições de saúde, estar com a anatomia da região preservada e já estar recuperado da colostomia, o que pode levar três meses, pelo menos.
Alguns exemplos de quando esse procedimento não pode ser realizado são:
- Remoção do reto ou dos esfíncteres anais;
- Infecção local ativa;
- Câncer ainda ativo;
- Pacientes que ainda vão passar por sessões de radioterapia ou quimioterapia;
- Presença de fístulas ou aderências entre as alças do intestino.
Técnicas cirúrgicas para a reconstrução do trânsito intestinal
A reconstrução do trânsito intestinal pode ser feita por diferentes meios, que vão depender da avaliação do quadro clínico do paciente e seu histórico médico. As principais técnicas disponíveis para essa finalidade são:
Anastomose intestinal
Esse procedimento reconecta as duas extremidades do intestino (cólon e reto) para restabelecer o trânsito intestinal normal.
Rebaixamento de colón com anastomose coloanal
O procedimento consiste em fazer o abaixamento do cólon e reconectá-lo diretamente ao canal do ânus.
Exteriorização do reto e anastomose
A escolha desta técnica é indicada para casos nos quais houve a remoção do reto no procedimento anterior. Desse modo, o cólon é exteriorizado para que seja feita a anastomose, o que permite a saída das fezes pelo ânus.
Pós-operatório da reconstrução do trânsito intestinal
O paciente submetido a uma reconstrução do trato intestinal fica internado por um período que pode variar de 3 a 10 dias. Nos primeiros dias, é preciso ter cuidado com a alimentação com a adoção de uma dieta progressiva, começando por alimentos líquidos e pastosos.
É importante também adotar os seguintes cuidados:
- Fazer pequenas caminhadas para evitar a formação de coágulos e estimular a retomada da atividade intestinal;
- Não carregar peso;
- Evitar dirigir.
Como é a recuperação?
A recuperação é tranquila, mas é comum que o paciente apresente alguns sintomas até que o intestino retome seu funcionamento normal, entre eles:
- Diarreia;
- Constipação;
- Flatulência;
- Incontinência das fezes;
- Dor anal.
Qual profissional realiza a reconstrução do trânsito intestinal?
A cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal pode ser executada por um proctologista ou cirurgião do aparelho digestivo, profissionais com conhecimento de doenças do trato gastrointestinal e da anatomia da região.
Para saber mais informações, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Tiago Emanuel.
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