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O que é insuficiência hepática?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
25/07/2024
5 min. de leitura

Deterioração das funções do fígado pode ocasionar quadros mais graves e até ser fatal, caso não haja tratamento

O fígado é a maior glândula do corpo humano e tem uma importância vital para o bom funcionamento do organismo. Estima-se que o órgão seja responsável por mais de 500 funções, entre as quais a produção de proteínas de filtragem do sangue, a desintoxicação do organismo, a absorção e o armazenamento de nutrientes.

Devido à sua grande importância, o organismo pode sofrer várias complicações quando o fígado não consegue executar normalmente suas funções, um quadro denominado insuficiência hepática. Nesse sentido, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar quadros mais graves da condição, como cirrose ou câncer de fígado, por exemplo.

Entenda as causas e tratamentos da insuficiência hepática!

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O que é insuficiência hepática?

A insuficiência hepática é uma doença grave caracterizada pela perda das funções do fígado, que pode acontecer de modo repentino ou gradual.

A insuficiência hepática aguda se desenvolve rapidamente e é classificada como uma emergência médica. Os sintomas aparecem entre 1 e 4 semanas em pessoas saudáveis sem nenhuma patologia anterior no fígado.

Já a insuficiência hepática crônica é uma consequência da deterioração progressiva do fígado por fatores como consumo excessivo de álcool, hepatite e acúmulo de gordura no órgão. Nessa forma da doença, os sintomas demoram meses e até anos para aparecer.

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Causas e fatores de risco da insuficiência hepática

Várias doenças hepáticas e hábitos ruins podem lesionar o fígado e levar ao quadro de insuficiência hepática. Desse modo, as principais causas e fatores de risco que levam à perda das funções do fígado são:

  • Hepatite viral (os tipos B e C são os mais comuns);
  • Cirrose hepática;
  • Consumo exagerado de bebidas alcoólicas;
  • Abuso de medicamentos como o paracetamol;
  • Hepatite autoimune;
  • Câncer de fígado;
  • Doença de Wilson, na qual o fígado não excreta o excesso de cobre na bile;
  • Síndrome de Budd-Chiari, que pode obstruir o fluxo sanguíneo ao fígado;
  • Infecção generalizada.

Principais sintomas da insuficiência hepática

Os sintomas da doença são bem variados, justamente pelo fígado atuar em diferentes funções do organismo. Desse modo, um paciente com insuficiência hepática pode apresentar problemas de coagulação, hálito, fezes e urina alteradas e até mesmo perda da função cerebral.

Os principais sintomas são:

  • Icterícia (pele e olhos amarelados devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue);
  • Náuseas e vômitos, inclusive com sangue;
  • Diarreia;
  • Perda de apetite;
  • Inchaço abdominal;
  • Perda de peso;
  • Hálito adocicado;
  • Fadiga e fraqueza;
  • Urina escura;
  • Fezes esbranquiçadas ou com sangue;
  • Tendência à formação de hematomas e a sangramentos com facilidade;
  • Dificuldade para estancar sangramentos;
  • Confusão mental e sonolência provocadas pela encefalopatia hepática.

Esses sintomas podem surgir repentinamente, no caso da insuficiência hepática aguda, ou se desenvolverem ao longo dos anos, como acontece na forma crônica da doença. Entretanto, na presença desses sintomas, a pessoa deve procurar com urgência atendimento médico para não agravar ainda mais a situação.

Complicações e impactos na saúde

Quando não tratada adequadamente, a insuficiência hepática pode ser fatal porque compromete órgãos importantes, como os rins e o cérebro. Além disso, o quadro também pode favorecer o desenvolvimento de câncer no fígado.

Apesar de o fígado ser o único órgão humano com capacidade de regeneração, podendo reconstituir até 75% dos seus tecidos, lesões provocadas pelo excesso de álcool, drogas e infecções por hepatite, caso sejam negligenciadas, podem ser irreversíveis.

Como o diagnóstico é realizado?

O diagnóstico é baseado em uma anamnese em que o médico identifica possíveis hábitos de vida que podem prejudicar a função hepática, o histórico clínico e os sintomas característicos da doença.

Exames de sangue são solicitados para avaliar a função hepática, além de exames de imagem, como ultrassom abdominal com Doppler, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para verificar o estado do fígado.

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Tratamento da insuficiência hepática

O tratamento varia de acordo com as causas e os sintomas apresentados pelo paciente. Podem ser administrados medicamentos para tratar a origem do problema, como antivirais para hepatite B ou C, e antibióticos — se a insuficiência hepática for provocada por infecções, por exemplo.

Mudanças na dieta também são indicadas, desde que orientadas por um nutricionista ou hepatologista. As principais medidas incluem interromper o consumo de álcool e limitar consumo diário de sódio para menos de 2 g para evitar o acúmulo de líquidos no abdômen.

No caso de insuficiência hepática aguda, o paciente deve ser monitorado em uma unidade de terapia intensiva para evitar possíveis complicações e receber cuidados, como:

  • Utilização de um cateter no cérebro para monitorar a pressão intracraniana;
  • Laxantes e antibióticos para casos de encefalopatia hepática;
  • Transfusões de plaquetas ou plasma fresco congelado nos casos de sangramentos (ou hemorragias) para ajudar na coagulação;
  • Diálise ou hemodiálise, caso haja insuficiência renal.

Por fim, o transplante de fígado é outra opção de tratamento para restaurar a função hepática. Entretanto, a substituição do fígado lesionado só é indicada para casos específicos e deve ser avaliada por um médico especializado em aparelho digestivo.

Qual médico trata a insuficiência hepática?

Existem vários especialistas dedicados ao tratamento da insuficiência hepática. O hepatologista, por exemplo, cuida de doenças que afetam o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas, enquanto o gastroenterologista é responsável pelo tratamento de doenças relacionadas a todo o trato digestivo. Já o cirurgião do aparelho digestivo é um especialista que trata as patologias que acometem o aparelho gastrointestinal do ponto de vista cirúrgico.

Em muitos casos, esses especialistas atuam de maneira complementar para oferecer um atendimento humanizado e individualizado ao paciente com insuficiência hepática.

Para saber mais informações, entre em contato e agende uma consulta com o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Tiago Emanuel.

Fontes:

Dr. Tiago Emanuel

Manual MSD