Complicação é considerada uma emergência médica e pode levar o paciente a um quadro de infecção generalizada se não for tratada
As hérnias abdominais são um problema relativamente frequente na população e aparecem quando parte de órgãos ou tecidos escapam por um orifício herniário, provocando um abaulamento no abdômen. A hérnia abdominal é resultado do enfraquecimento, afastamento ou ruptura da musculatura da parede abdominal, que sustenta e protege os órgãos internos.
Os sintomas mais comuns de uma hérnia abdominal são o abaulamento na região acometida, semelhante a um caroço, e dor. Porém, alguns casos podem evoluir e causar complicações mais graves, como a hérnia estrangulada, por exemplo.
Saiba tudo sobre a hérnia estrangulada e como identificar os sinais de alerta.
O que é hérnia estrangulada?
O estrangulamento é uma das complicações mais graves de uma hérnia abdominal e ocorre quando há falta de circulação sanguínea no conteúdo herniário. Essa interrupção do fluxo sanguíneo pode causar a necrose do tecido, o que leva à liberação de toxinas e bactérias no organismo e provoca um quadro de infecção generalizada.
A hérnia estrangulada é grave?
Por ser uma condição grave e com alto risco ao paciente, a hérnia estrangulada é considerada uma emergência médica, que deve ser tratada cirurgicamente o quanto antes.
O que causa a hérnia estrangulada?
A hérnia estrangulada é uma complicação decorrente da hérnia abdominal, sendo assim, suas causas estão relacionadas aos demais tipos de hérnias. Geralmente, uma parte do órgão ou tecido extravasa devido ao enfraquecimento da musculatura abdominal. Essa parte fica presa no orifício herniário e ocorre a interrupção do fornecimento de sangue e oxigênio para o local.
O problema de enfraquecimento muscular pode ter origem congênita ou ser adquirido ao longo da vida por conta de fatores de risco que aumentam a pressão abdominal, como:
- Esforço físico excessivo;
- Tosse crônica;
- Gravidez;
- Força excessiva em movimentos intestinais;
- Cirurgias abdominais anteriores;
Principais características da hérnia estrangulada
Uma hérnia abdominal pode ser percebida por meio de uma protuberância visível, como se fosse um nódulo. A hérnia estrangulada apresenta alguns sintomas característicos que indicam uma gravidade maior do caso. São eles:
- Dor intensa e sensibilidade na região que piora rapidamente;
- Febre;
- Fadiga;
- Náuseas e vômitos;
- Presença de sangue nas fezes;
- Vermelhidão e sensação de queimação na região da pele ao redor da hérnia;
- Dificuldades para eliminar gases ou fezes;
- Ritmo cardíaco acelerado.
Qual a diferença de hérnia estrangulada e encarcerada?
O encarceramento e o estrangulamento são duas complicações graves de hérnia abdominal que podem ser confundidas. Portanto, uma hérnia encarcerada é quando o conteúdo herniário fica preso e não pode ser reduzido.
Já a hérnia estrangulada é um quadro pior, caracterizado pela falta de vascularização no local da hérnia, podendo causar uma necrose do tecido se não houver atendimento médico de urgência.
ntenda os riscos de uma hérnia estrangulada e a importância do tratamento rápido.
Como o diagnóstico é realizado?
O diagnóstico geralmente é feito durante o atendimento de emergência, observando os sintomas característicos apresentados pelo paciente e a protuberância no abdômen.
Para confirmar o diagnóstico de hérnia estrangulada o médico pode solicitar exames de imagem, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassonografia abdominal, para encaminhar o paciente para a cirurgia.
Como tratar uma hérnia estrangulada?
A cirurgia de hérnia estrangulada é a mesma realizada nos demais tipos de hérnias e consiste em reposicionar a parte do tecido extravasada de volta à cavidade abdominal e fechar o orifício, podendo optar ou não pela colocação de uma tela cirúrgica para reforçar a área afetada e prevenir uma recidiva da hérnia. Se o tecido estiver muito danificado, pode ser necessário removê-lo antes do fechamento da hérnia.
A cirurgia é o único modo efetivo para corrigir uma hérnia abdominal e pode ser feita de modo aberto tradicional ou por técnicas minimamente invasivas, por laparoscopia ou por cirurgia robótica.
Para saber mais informações sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Tiago Emanuel.
Fontes: