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Hérnia de Spiegel: causas e fatores de risco
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
10/04/2024
5 min. de leitura

Entenda o que é, quais são as principais causas e fatores de risco, como é feito o diagnóstico e o tratamento e quais as complicações de não tratar o problema

A hérnia de Spiegel é um tipo de protusão rara, que representa menos de 2% de todos os casos de hérnias abdominais. Esse abaulamento de tecidos ou órgãos surge de um defeito em uma área específica do abdômen. Por se tratar de uma condição incomum, o diagnóstico clínico pode ser desafiador.

Saiba mais sobre quais são as características dessa hérnia, as principais causas e fatores de risco para seu aparecimento. Boa leitura!

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Características da hérnia de Spiegel

Também conhecida como hérnia ventral lateral ou hérnia da linha semilunar, a hérnia de Spiegel, conforme já explicado, é uma protusão localizada na parte lateral do abdômen, parte central entre o umbigo e o osso da bacia. Essa região costuma apresentar enfraquecimento, o que gera um orifício por onde pode haver a protusão de um dos órgãos localizados na região abdominal.

O defeito que dá origem a essa protuberância pode ser congênito ou adquirido e a pessoa pode apresentar sintomas atípicos. A condição é mais comum entre pessoas do sexo feminino com mais de 60 anos, embora possa se manifestar em qualquer faixa etária.

Causas e fatores de risco

Como mencionado anteriormente, a hérnia de Spiegel pode ser uma condição congênita ou adquirida. Isso quer dizer que, no primeiro caso, essa protusão pode ser causada por fatores individuais que estão presentes desde o nascimento ou no primeiro mês de vida do paciente. Alguns fatores de origem congênita são:

  • Prematuridade;
  • Baixo peso ao nascer;
  • Doenças do tecido conjuntivo;
  • Deficiência de colágeno.

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Já no segundo caso, o problema se dá por um conjunto de fatores que surge por causas ambientais diversas e que propicia o aumento da pressão intra-abdominal e a fraqueza da musculatura dessa região. Alguns desses fatores que podem ser adquiridos são:

  • Tabagismo;
  • Idade avançada;
  • Obesidade;
  • Gestação;
  • Constipação intestinal crônica;
  • Neoplasias (tumores) intra-abdominais;
  • Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC);
  • Tosse crônica;
  • Ascite ou barriga d’água (inchaço abdominal devido ao acúmulo de líquidos);
  • Excesso de esforço físico;
  • Incisões abdominais prévias.

A hérnia de Spiegel apresenta sintomas?

A resposta para essa pergunta é: depende. Isso porque essa é uma doença que pode ou não apresentar sintomas. Nos casos sintomáticos, o sinal mais comum da presença da hérnia de Spiegel é a sensibilidade e/ou a dor abdominal, que pode ser inespecífica, com intensidade variável, intermitente e que pode se agravar quando o paciente realiza algum esforço físico ou tosse, por exemplo.

Além disso, também pode haver o aparecimento de uma saliência na região central da parede abdominal, localizada entre o umbigo e a crista ilíaca da bacia. No caso de uma obstrução intestinal, condição considerada grave, vômitos e náuseas também podem compor esse quadro de sintomas.

Como é realizado o diagnóstico?

Diagnosticar a hérnia de Spiegel pode ser desafiador devido ao quadro clínico inespecífico, somado à impossibilidade de examinar a protuberância nem sempre visível, bem como ao fato de a condição ser rara. Assim, o diagnóstico é realizado via ultrassonografia ou tomografia computadorizada na região do abdômen.

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Tratamento da hérnia de Spiegel

O principal tratamento adotado diante de um caso de hérnia de Spiegel é a intervenção cirúrgica. As operações mais realizadas nesse caso são a cirurgia aberta e a videolaparoscopia, procedimentos que reposicionam os órgãos ou tecidos que foram deslocados da cavidade abdominal e fecham o orifício da hérnia para fortalecer a parede abdominal, reduzir os sintomas incômodos e evitar a reincidência do problema no local.

A escolha de cada método dependerá de uma avaliação médica adequada feita por um profissional especialista na área, que analisará cada caso a partir das especificidades de cada paciente, bem como das características da hérnia a ser tratada e das melhores chances de recuperação.

Como é o pós-operatório?

O tempo de recuperação do paciente após a cirurgia de hérnia de Spiegel é de, geralmente, duas semanas. Nesse período, é recomendado seguir as orientações médicas e adotar alguns cuidados básicos, tais como:

  • Ficar em repouso, especialmente nos primeiros dias após a operação;
  • Tomar corretamente todos os medicamentos prescritos;
  • Evitar realizar ações que exijam esforço físico;
  • Manter uma alimentação equilibrada à base de fibras e hidratação constante;
  • Se movimentar de maneira ativa em casa para evitar o surgimento de trombose;
  • Restringir a prática de atividades físicas por, pelo menos, uma semana, e retomar de forma moderada somente após avaliação do profissional médico para cada caso.

Complicações de não tratar a hérnia de Spiegel

O diagnóstico precoce é fundamental diante da hérnia de Spiegel. Isso porque ele não só auxilia no tratamento cirúrgico a ser realizado, mas também evita o surgimento de complicações graves, como o encarceramento e o estrangulamento dos órgãos afetados pela hérnia, gerando obstrução das áreas afetadas, interrompendo o fluxo sanguíneo e podendo levar à necrose dos órgãos e tecidos atingidos e, com isso, ao óbito do paciente.

Tais complicações representam um risco importante no tratamento da hérnia de Spiegel, ocorrendo em até 30% dos casos. Apesar disso, a maioria dos prognósticos se mostra muito favorável após ser reparada com tratamento cirúrgico, apresentando uma taxa de reincidência da doença que é praticamente nula.

Para isso, é necessário fazer o acompanhamento médico adequado por meio de uma equipe de profissionais especializados, de modo a monitorar o pós-operatório, minimizar os riscos de complicações e obter uma recuperação satisfatória de sua saúde, bem-estar e qualidade de vida.

Para saber mais sobre tratamentos de problemas no aparelho digestivo, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Tiago Emanuel.

 

Fontes:

Biblioteca Virtual em Saúde

Revista Brasileira de Cirurgia Plástica

Elsevier