Agende sua consulta
Fale conosco pelo WhatsApp
Hepatite: tipos e sintomas
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
11/09/2024
8 min. de leitura

Inflamação no fígado é causada principalmente por infecções virais, devendo ser devidamente diagnosticada e tratada para evitar complicações graves

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ter causas variadas, incluindo infecções virais, substâncias tóxicas, doenças autoimunes e condições metabólicas. Quando o fígado está inflamado, sua capacidade de realizar funções essenciais pode ser comprometida, favorecendo alterações que vão desde sintomas leves como fadiga e dor abdominal até condições graves como cirrose e câncer de fígado.

A inflamação hepática pode ser causada por vírus específicos, como os da hepatite A, B, C, D e E, além de fatores não infecciosos como o consumo excessivo de álcool e distúrbios autoimunes. Cada tipo de hepatite tem causas e tratamentos diferentes, tornando a identificação precisa da causa essencial para a gestão eficaz da condição. Saiba mais a seguir!

Conheça os tipos de hepatite e seus principais sintomas!

Agende uma consulta

Tipos de hepatite

Os principais tipos de hepatite são:

Hepatite A

A hepatite A é uma infecção viral aguda causada pelo vírus da hepatite A, que é transmitido principalmente a partir da ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes de uma pessoa infectada. Trata-se de uma condição comum em áreas com condições sanitárias precárias.

Hepatite B

Como o nome indica, a hepatite B é causada pelo vírus da hepatite B. A doença é transmitida pelo contato com fluidos corporais infectados, como sangue, sêmen e fluidos vaginais. A infecção pode ser aguda ou crônica, sendo que a segunda pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado.

Hepatite C

A hepatite C, por sua vez, é causada pelo vírus da hepatite C (HCV) e é transmitida principalmente através do contato com sangue contaminado, como em transfusões de sangue ou uso compartilhado de agulhas. Muitas vezes é assintomática e pode evoluir para uma infecção crônica, que pode causar danos significativos ao fígado, incluindo cirrose e câncer hepático.

Hepatite D

A hepatite D é causada pelo vírus da hepatite D, que só pode infectar uma pessoa que já esteja infectada com o vírus da hepatite B. A infecção pode agravar a infecção hepática existente e levar a formas mais graves de hepatite. A transmissão ocorre da mesma forma que a hepatite B: por meio do contato com fluidos corporais infectados.

Hepatite E

A hepatite E é causada pelo vírus da hepatite E, e é transmitida principalmente através da ingestão de água contaminada. É mais comum em áreas com baixo padrão sanitário.

Hepatite tóxica

A hepatite tóxica é causada pela exposição a substâncias químicas e toxinas, tais como álcool em excesso, produtos químicos industriais e venenos naturais. O consumo excessivo de álcool pode levar a uma inflamação do fígado, conhecida como hepatite alcoólica, que pode evoluir para cirrose se o consumo não for interrompido.

Hepatite medicamentosa

A hepatite medicamentosa é causada por reações adversas a medicamentos que induzem uma resposta inflamatória no fígado, resultando em hepatite. A condição pode variar de leve a grave e geralmente é identificada com base no histórico de uso de medicamentos e testes laboratoriais.

Esteato-hepatite

A esteato-hepatite é uma condição em que há acúmulo de gordura no fígado, acompanhado por inflamação e dano hepático. A condição está frequentemente associada a condições metabólicas, como obesidade, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica.

Principais sintomas da hepatite

Os sintomas da hepatite podem variar de leves a graves e dependem da causa e da duração da inflamação. No entanto, alguns sintomas comuns incluem:

  • Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue);
  • Dor ou desconforto abdominal;
  • Fadiga;
  • Náuseas e vômitos;
  • Febre;
  • Urina escurecida;
  • Fezes claras;
  • Perda de apetite e perda de peso involuntária;
  • Coceira na pele;
  • Dor nas articulações.

Vale lembrar que nem todas as pessoas com hepatite apresentarão todos esses sintomas, e alguns podem não ter sintomas visíveis, especialmente nas fases iniciais da infecção ou em casos de hepatite crônica. É essencial procurar um médico para uma avaliação adequada e diagnóstico, especialmente se houver sintomas sugestivos da condição.

Grupos de risco da hepatite

Os grupos de risco para hepatite incluem indivíduos que estão mais expostos a fatores que aumentam a probabilidade de contrair a infecção ou desenvolver formas graves da doença, tais como:

  • Pessoas com histórico de contato com fluidos corporais infectados;
  • Indivíduos com múltiplos parceiros sexuais;
  • Profissionais de saúde que ficam em contato frequente com sangue e fluidos corporais, como enfermeiros e médicos;
  • Pessoas com sistema imunológico comprometido;
  • Pessoas que fazem uso excessivo de álcool;
  • Pacientes com diabetes tipo 2 e obesidade;
  • Pessoas que utilizam drogas injetáveis;
  • Pessoas que vivem em condições de baixa higiene e sanitária e sem acesso a água limpa;
  • Indivíduos com histórico de infecção por hepatite;
  • Mulheres grávidas que vivem em áreas onde a hepatite é endêmica.

Complicações da hepatite

A hepatite pode levar a várias complicações, especialmente se não for diagnosticada e tratada adequadamente. Entre as principais, estão:

  • Cirrose hepática;
  • Insuficiência hepática;
  • Câncer de fígado;
  • Acúmulo de líquido na cavidade abdominal (ascite);
  • Encefalopatia hepática;
  • Varizes esofágicas;
  • Coagulação sanguínea alterada;
  • Síndrome hepatorrenal;
  • Complicações da gravidez;
  • Reatividade imunológica aumentada.

Como o diagnóstico é realizado?

O diagnóstico de hepatite é realizado a partir de uma combinação entre avaliação clínica, testes laboratoriais e, em alguns casos, exames de imagem. Os principais métodos utilizados para diagnosticar a doença são:

  • Avaliação do histórico médico e realização de exame físico;
  • Testes laboratoriais;
  • Exames de imagem;
  • Biópsia hepática;
  • Testes genéticos e autoimunes.

O diagnóstico adequado é crucial para determinar a causa da hepatite, a gravidade da doença e a abordagem terapêutica mais adequada.

Existe vacina para hepatite?

Sim, existem vacinas para alguns tipos de hepatite, e elas são uma ferramenta importante para a prevenção dessas infecções. Entre as vacinas disponíveis estão:

  • Vacina para hepatite A: recomendada para pessoas que vivem ou viajam para áreas com alta incidência de hepatite A, indivíduos com condições médicas específicas, pessoas que têm contato com alguém infectado e trabalhadores de saúde e outros grupos de risco;
  • Vacina para hepatite B: é indicada para todos os recém-nascidos e crianças, como parte do calendário de vacinação infantil, assim como adultos em risco elevado de contrair o vírus;
  • Vacina para hepatite D: embora não exista uma vacina específica para a hepatite D, a vacina contra a hepatite B protege contra este tipo específico de vírus.

Tratamentos para hepatite

O tratamento para hepatite varia conforme o tipo, a gravidade da infecção e a presença de possíveis complicações. Para a hepatite A, que frequentemente é uma infecção autolimitada, o tratamento é predominantemente de suporte. Isso inclui repouso adequado, manutenção de uma boa hidratação e uma dieta equilibrada. Medicamentos podem ser administrados para aliviar sintomas como náuseas e dor.

No caso da hepatite B, o tratamento depende se a infecção é aguda ou crônica. No caso da doença aguda, normalmente não há necessidade de tratamento além de cuidados de suporte. No caso da condição crônica, pode ser necessário administrar antivirais para controlar a infecção e prevenir complicações.

A hepatite C, atualmente, é tratada com antivirais de ação direta, que têm mostrado serem extremamente eficazes na cura da infecção, enquanto a hepatite D é tratada principalmente pelo manejo da infecção por hepatite B. Para a hepatite E, o tratamento é geralmente de suporte, incluindo repouso, hidratação e uma dieta adequada.

A hepatite tóxica é tratada interrompendo a exposição ao agente tóxico. Cuidados de suporte, como repouso e uma dieta balanceada, são importantes, e o tratamento de complicações associadas, como cirrose ou insuficiência hepática, pode ser necessário. A hepatite medicamentosa exige a interrupção do uso do medicamento que está causando a inflamação do fígado.

Por fim, o tratamento da esteato-hepatite não alcoólica foca em mudanças no estilo de vida, como perda de peso, dieta balanceada e exercícios físicos. O controle de condições associadas, como obesidade e diabetes tipo 2, é crucial. Em alguns casos, medicamentos para controlar diabetes e colesterol podem ser prescritos.

Saiba como identificar os sintomas da hepatite e proteja sua saúde!

Agende uma consulta

É possível prevenir?

Sim, é possível prevenir a hepatite a partir de uma combinação de estratégias eficazes. A prevenção varia conforme o tipo, mas algumas medidas gerais podem ajudar a reduzir o risco de infecção e suas complicações.

Em resumo, a prevenção da hepatite envolve vacinação, boas práticas de higiene, segurança em procedimentos médicos e um estilo de vida saudável. Essas medidas ajudam a reduzir o risco de infecção e a proteger a saúde do fígado.

Fontes:

Biblioteca Virtual em Saúde;

Ministério da Saúde;

Rede D’Or São Luiz.