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Esteatose hepática: causas, diagnóstico e tratamento
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
03/12/2024
5 min. de leitura

Acúmulo de gordura no fígado é perigoso e afeta a qualidade de vida

A esteatose hepática tem se tornado uma preocupação crescente, afetando cerca de 20% a 30% da população mundial, segundo dados publicados pela Biblioteca Virtual em Saúde. Essa condição é a doença hepática mais recorrente atualmente, afetando pessoas de todas as idades, até mesmo crianças e adolescentes.

Saiba mais sobre a condição a seguir.

 O que é esteatose hepática?

A esteatose hepática, popularmente conhecida como “gordura no fígado”, é uma condição em que há um acúmulo excessivo de gordura (lipídios) dentro das células do fígado (hepatócitos).

Ela pode permanecer estável por muitos anos e até regredir se as causas forem controladas. Por outro lado, quando não tratada, pode evoluir para uma inflamação do fígado chamada esteatoepatite, que pode levar a fibroses (cicatrização), cirrose hepática e, em casos mais graves, até câncer de fígado.

 Causas da esteatose hepática

A doença pode ser causada por muitos fatores, sendo o principal distúrbio metabólico a obesidade, que provocam acúmulo de gordura abdominal, diabetes, dislipidemia e hipertensão arterial. Além disso, consumir álcool em excesso também é uma causa comum, levando à chamada esteatose alcoólica.

Outros fatores são o uso de certos medicamentos e a exposição a toxinas ambientais e produtos químicos. Algumas cirurgias abdominais também podem levar ao seu desenvolvimento, assim como infecções virais, doenças genéticas ou condições clínicas. Por fim, o hipotiroidismo, a apneia do sono e o hipogonadismo também têm associação com a esteatose hepática.

 Fatores de risco da condição

Os fatores de risco da esteatose hepática estão diretamente ligados às suas causas:

  • Alimentação desequilibrada, com muitos alimentos processados, açúcares e gorduras;
  • Falta de atividade física (sedentarismo);
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Uso de certos medicamentos como corticosteroides, amiodarona e estrógenos;
  • Uso de esteroides anabolizantes;
  • Exposição a certos produtos químicos ou toxinas.

 Sintomas da esteatose hepática

Na maioria dos casos, a esteatose hepática é uma condição silenciosa, que não manifesta sintomas. Muitos pacientes só descobrem esse alto nível de gordura no fígado depois de fazer exames de imagem, como a ultrassonografia, que, nesses casos, foi solicitada por outras razões médicas.

Quando ela evolui para a esteatoepatite (inflamação no fígado) ou outros problemas mais graves, como cirrose, o paciente pode ter dor abdominal, cansaço, fraqueza, perda de apetite e hepatomegalia (aumento do fígado).

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 Como é realizado o diagnóstico da esteatose hepática?

Como dissemos, esse diagnóstico geralmente é incidental, ou seja, acontece através de exames de imagem, como ultrassonografias de abdômen, tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas, que são solicitados por outras razões, como parte de check-ups de rotina. O problema é que a ultrassonografia pode não detectar a condição em casos leves e os outros dois exames acabam não sendo tão indicados pela necessidade de exposição à radiação. Sendo assim, o melhor exame nesse sentido seria a elastografia hepática, que detecta a presença de gordura no fígado e mede sua quantidade.

Exames laboratoriais como análise de enzimas hepáticas (TGO, TGP, GGT), colesterol, triglicérides, glicemia e insulina podem ser usados para complementar o diagnóstico. No entanto, esses resultados também podem não servir como diagnóstico exato, dependendo da gravidade da condição. Para casos mais avançados, em que há suspeita de esteatoepatite e cirrose ou dúvidas no diagnóstico, a biópsia do fígado pode ser indicada, já que é o único exame que confirma com precisão a inflamação ou a fibrose do fígado.

O diagnóstico completo é feito por um médico, que, além dos exames de imagem e laboratoriais, avalia o histórico clínico do paciente, considerando fatores de risco, como obesidade, diabetes e hipertensão. Ele também pode se basear em medições de peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal para determinar a presença de obesidade abdominal, grande indicativo de risco para esteatose.

 Tratamento da esteatose hepática

O tipo de tratamento vai depender do grau da doença e suas causas. De qualquer forma, geralmente o paciente deve adotar um estilo de vida saudável, o que engloba uma alimentação equilibrada e saudável, além de praticar exercícios físicos regularmente. A perda de peso é fundamental, ainda mais para pacientes com sobrepeso ou obesidade. Nos casos de diagnóstico de esteatoepatite, a vitamina E pode ser indicada.

Normalmente, medicamentos não são necessários, mas podem ser prescritos como complemento às mudanças de estilo de vida. O tratamento desde a infância é importante — é essencial que tanto as crianças quanto suas famílias tenham consciência da importância de ter hábitos saudáveis.

Quando o tratamento adequado é seguido, há altas chances de a condição regredir ou, pelo menos, estabilizar-se. Mesmo em casos em que a doença já evoluiu para cirrose, é possível controlá-la antes que o fígado seja severamente comprometido.

 É possível prevenir a esteatose hepática?

Sim, a esteatose hepática pode ser prevenida. A adoção de uma dieta equilibrada, rica em nutrientes e baixa em gorduras saturadas e açúcares, além da prática regular de exercícios físicos, são os fatores-chave. No mais, manter um peso saudável e controlar condições como diabetes, hipertensão e dislipidemia, evitando-se o consumo de álcool, também reduzem o risco de desenvolvimento da doença.

 Fontes:

Biblioteca Virtual em Saúde

Sociedade Brasileira de Hepatologia

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