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É possível viver sem o fígado?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
24/12/2024
4 min. de leitura

Para responder se é possível viver sem o fígado, é necessário compreender a importância desse órgão para o corpo humano

Os órgãos do corpo humano funcionam como uma engrenagem interconectada, em que cada peça é responsável por uma função vital. Por isso, remover algum deles pode afetar o funcionamento de todos os outros e, consequentemente, a saúde geral.

No conteúdo de hoje, vamos responder a uma pergunta comum nesse sentido: é possível viver sem o fígado?

 Qual é a função do fígado no corpo humano?

Para responder se é possível viver sem o fígado, é necessário primeiro compreender para que serve esse órgão. Acompanhe agora suas principais funções e importância.

 Funções essenciais do fígado

A primeira função essencial do fígado é a síntese e metabolização, ou seja, a captação e metabolização de todas as substâncias, incluindo nutrientes, medicamentos e toxinas. Outra função-chave é a coagulação do sangue; o fígado produz proteínas essenciais que ajudam a prevenir sangramentos excessivos. Além disso, o fígado também cumpre um papel fundamental na desintoxicação, uma vez que remove substâncias nocivas do sangue ao processar resíduos da decomposição dos glóbulos vermelhos, como a bilirrubina.

 Importância do fígado para a digestão e o equilíbrio químico

O fígado também produz bile, que é fundamental para a digestão e a absorção de gorduras no intestino. Sem mencionar que ele é importantíssimo na regulação dos níveis de glicose no sangue, armazenando glicose como glicogênio e a liberando conforme necessário, o que é vital para manter o equilíbrio químico do nosso organismo.

 O fígado é indispensável?

Sim. Como você viu nos dois parágrafos acima, ele cumpre papéis indispensáveis para o nosso organismo. Basicamente, se ainda não ficou claro se a pessoa pode viver sem o fígado ou não, a resposta é não. Porém, não vamos nos limitar a simplesmente responder, também vamos explicar! Abaixo mostraremos detalhadamente porque não funcionaríamos sem ele.

 O que acontece quando o fígado não funciona adequadamente?

Diversas complicações podem surgir quando o fígado não funciona da forma esperada. Uma delas é a icterícia, que é o acúmulo de bilirrubina no sangue, resultando em pele e olhos amarelados. Outra é muito cansaço e fraqueza muscular. Também pode ocorrer um acúmulo de líquido (ascite) porque o fígado não consegue regular a pressão venosa.

Sintomas ainda mais graves seriam a formação de hematomas e sangramentos, causados pela incapacidade do fígado de produzir proteínas suficientes para a coagulação do sangue. Outros incluiriam alterações na função cerebral, pela incapacidade de remover toxinas do sangue e insuficiência renal, que acontece em até metade dos casos de insuficiência hepática.

Se isso é o que acontece quando o fígado não funciona direito, imagina se é possível viver sem o fígado.

 É possível viver sem o fígado?

Não. Como já foi dito, não podemos viver sem o fígado. Mas, agora de forma mais direta e clara, não é possível viver sem o fígado, porque ele é um dos nossos órgãos vitais. Ele realiza funções essenciais para a nossa sobrevivência. Até mesmo a remoção de parte do fígado pode comprometer a saúde, embora ele tenha uma capacidade natural de regeneração.

Em casos de insuficiência hepática extrema, o transplante de fígado pode ser necessário para restaurar a função hepática e salvar a vida do paciente.

 Alternativas ao fígado em mau funcionamento

Já que não é possível viver sem o fígado, veja quais são alternativas de tratamentos no curto e longo prazo:

  • Tratamento médico: medicações, antibióticos e dietas especiais (menos sódio e proteínas) para controlar os sintomas.
  • Transplante de fígado: em casos graves, pode ser feita a substituição do fígado doente por um fígado saudável de um doador. Como não é possível viver sem o fígado, esse doador doa uma parte (geralmente o lobo direito ou esquerdo), enquanto a outra parte continua funcionando e se regenerando de volta ao tamanho normal.
  • Tratamentos sintomáticos: uso de transfusões de plasma e suporte intravenoso para tratar complicações.
  • Apoio nutricional: dieta balanceada e suplementos para fornecer nutrientes essenciais.
  • Acompanhamento em terapia intensiva: monitoramento e tratamento intensivo para gerenciar complicações graves.

 Fontes:

Revista Pesquisa Fapesp

Manual MSD

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