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Doença inflamatória intestinal: tipos, sintomas e tratamento
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
01/01/2024
4 min. de leitura

Doença crônica e autoimune afeta o sistema gastrointestinal

A doença inflamatória intestinal (DII) é uma doença autoimune, ou seja, que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca os tecidos saudáveis. Ainda não se sabe o que desencadeia esses ataques e por que a DII se desenvolve em algumas pessoas e não em outras. Saiba mais sobre ela lendo o texto a seguir.

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O que é uma doença inflamatória intestinal?

A doença inflamatória intestinal é um termo que designa duas condições (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) que são caracterizadas por uma inflamação crônica do trato gastrointestinal.

Tipos de doenças inflamatórias intestinais

As doenças inflamatórias intestinais se dividem em:

Retocolite ulcerativa: esse tipo de doença inflamatória intestinal envolve inflamação e feridas ao longo do revestimento do intestino grosso (cólon) e do reto.

Doença de Crohn: esse tipo é caracterizado pela inflamação principalmente do intestino delgado. No entanto, também pode afetar o intestino grosso e, raramente, o trato gastrointestinal superior.

Sintomas da doença inflamatória intestinal

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Diarreia persistente (com duração de mais de quatro semanas);
  • Dor abdominal;
  • Sangramento retal ou fezes com sangue;
  • Perda de peso;
  • Redução do apetite;
  • Fadiga;
  • Anemia.

Causas e fatores de risco

A causa exata da doença ainda não é totalmente conhecida, mas estudos mostram que ambas as doenças inflamatórias intestinais estão relacionadas a um sistema imunológico enfraquecido, que responde de maneira insatisfatória a gatilhos ambientais como vírus ou bactérias, que causam inflamação do trato gastrointestinal.

A doença inflamatória intestinal também parece ter um componente genético. Uma pessoa com histórico familiar de doença inflamatória intestinal tem maior risco de desenvolver a doença.

Além disso, existem alguns fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da doença inflamatória intestinal. São eles:

  • Idade: a maioria das pessoas que desenvolvem doença inflamatória intestinal é diagnosticada antes dos 30 anos de idade;
  • Tabagismo: o tabagismo é o fator de risco controlável mais importante para o desenvolvimento da doença de Crohn;
  • Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides: esses medicamentos podem aumentar o risco de desenvolver doença inflamatória intestinal ou agravar a doença em pessoas que já têm DII.

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Diagnóstico

O diagnóstico é feito com base no histórico de saúde pessoal e familiar do paciente e em alguns exames, como:

  • Endoscopia: quando há suspeita de doença de Crohn;
  • Colonoscopia (para colite ulcerativa);
  • Raio-X;
  • Ressonância magnética;
  • Tomografia computadorizada;
  • Exame de fezes: para averiguar se há sangue oculto nas fezes ou parasitas;
  • Exames de sangue: para verificar a presença de anemia ou infecções;
  • Biópsia: ajuda a determinar com precisão se os sintomas relatados pelo paciente são de DII e de qual tipo.

Tratamento da doença inflamatória intestinal

Esta doença pode ser tratada de duas maneiras: com medicamentos ou por cirurgia.

Entre os medicamentos indicados para tratamento da doença inflamatória intestinal, estão:

  • Anti-inflamatórios: são frequentemente o tratamento inicial da retocolite ulcerativa de leve a moderada;
  • Imunomoduladores: regulam o sistema imunológico hiperativo;
  • Antibióticos: para tratar infecções e abscessos;
  • Corticosteroides: indicados para auxiliar na remissão (ausência de sintomas) da doença inflamatória intestinal;
  • Biológicos: ajudam a neutralizar as proteínas do corpo que estão causando inflamação. Alguns são administrados por meio de infusões intravenosas (IV), e outros são injeções que o próprio paciente administra;
  • Analgésicos: para controle da dor;
  • Vitaminas e suplementos: recomendados quando o organismo não está absorvendo os nutrientes necessários.

Já as cirurgias são indicadas quando há necessidade de remover porções danificadas do trato gastrointestinal.

A cirurgia para retocolite ulcerativa envolve a remoção de todo o cólon e reto e a produção de uma bolsa interna presa ao ânus que permite movimentos intestinais. Em alguns casos, quando não é possível produzir essa bolsa, os cirurgiões criam uma abertura permanente no abdômen (estoma ileal) através da qual as fezes são passadas para coleta em uma bolsa anexada ao corpo.

Em relação à cirurgia para doença de Crohn, o cirurgião remove uma parte danificada do trato digestivo e, em seguida, reconecta as partes saudáveis. A cirurgia também pode ser usada para fechar fístulas e drenar abscessos. Estima-se que até dois terços das pessoas com doença de Crohn precisarão de pelo menos uma cirurgia ao longo da vida. No entanto, a cirurgia não cura a doença de Crohn.

Recomendações prognósticas

A doença inflamatória intestinal é uma condição para toda a vida, mas seguindo as recomendações médicas é possível ter a doença controlada e manter a qualidade de vida.

Quando iniciado precocemente e com bom acompanhamento de um especialista, o tratamento ajuda a evitar cirurgias e outras complicações.

O Dr. Tiago Emanuel é cirurgião do aparelho digestivo e tem experiência no tratamento de patologias como a doença inflamatória intestinal. Entre em contato e agende uma consulta.

 

Fontes:

Ministério da Saúde

Centers for Disease Control and Prevention

Mayo Clinic

Cleveland Clinic