Na maioria das vezes, os cistos são descobertos incidentalmente durante exames de rotina
O pâncreas é um órgão fundamental para o funcionamento do nosso organismo por ser responsável pela produção da insulina, hormônio que regula os níveis glicêmicos e de enzimas que atuam no processo de digestão dos alimentos.
Devido à sua grande importância, qualquer alteração nessa glândula, como a formação de cistos pancreáticos, pode trazer preocupação às pessoas. Normalmente, os cistos são descobertos incidentalmente durante exames de imagem realizados por outros motivos e não causam problemas aos pacientes.
No entanto, é importante investigar suas causas, pois alguns cistos pancreáticos podem se tornar câncer, embora sejam casos mais raros.
Quero tratar o cisto pancreático!
O que é cisto pancreático?
O cisto pancreático é uma pequena formação em formato de bolsa, composta por substâncias líquidas, que costuma aparecer com mais frequência no lado direito do órgão. A maioria dos cistos no pâncreas são benignos e não requerem tratamento, apenas acompanhamento médico. Já os cistos malignos devem ser tratados imediatamente, alguns até com intervenção cirúrgica.
Como eles se formam?
Ainda não se sabe o motivo exato que leva à formação do cisto pancreático, mas algumas condições podem estar relacionadas, como quadro de pancreatite, doença renal policística e acúmulo de enzimas pancreáticas. Alguns fatores de risco também podem favorecer o desenvolvimento dessas lesões, entre eles:
- Tabagismo;
- Diabetes;
- Histórico familiar de polipose e câncer no pâncreas.
Cuide da saúde do seu pâncreas com médico especialista!
Quais os tipos de cistos pancreáticos?
Os cistos pancreáticos podem ser classificados em diferentes tipos, sendo que os principais são:
Pseudocistos
Os pseudocistos são formações císticas com conteúdo líquido, que pode ser até o próprio líquido pancreático. Possuem caráter benigno e são associados a pacientes com histórico de pancreatite.
Cistoadenomas serosos
Caracterizam-se por serem cistos que se manifestam de forma múltipla com mais frequência em mulheres. Esse cisto pancreático é benigno, sem potencial maligno, e costuma ser assintomático
Neoplasias císticas mucinosas
Podem se apresentar como um ou mais cistos contendo uma substância gelatinosa em seu interior, chamada mucina de crescimento lento. Esse tipo de cisto pancreático tem incidência predominante em mulheres e pode evoluir para um câncer de pâncreas, causando perda de peso repentina e icterícia.
Neoplasias mucinosas papilar intraductal (IPMN)
Esse tipo de lesão é raro e se forma nos ductos pancreáticos e pode afetar igualmente homens e mulheres. A neoplasia mucinosa papilar intraductal é um cisto benigno, mas pode se tornar uma formação maligna quando não tratada.
Neoplasias pseudopapilares sólidas
Tipo bastante raro de cisto pancreático, podendo atingir com mais frequência mulheres com idade entre 10 e 30 anos. Essa lesão não tem potencial maligno, mas pode crescer e até mesmo se espalhar para outros órgãos se não houver o tratamento adequado.
O cisto pancreático apresenta sintomas?
Como a maioria dos casos são de alterações benignas, os cistos pancreáticos são assintomáticos, mas algumas formações maiores podem causar dor abdominal na parte superior; náuseas e desconforto ao paciente.
Já a presença de outros sintomas pode indicar complicações mais graves ou até cistos malignos. Esses casos devem ser investigados por um médico especialista no aparelho digestivo. Os sintomas incluem:
- Perda de peso sem causa aparente;
- Fraqueza e tontura;
- Icterícia;
- Urina escura;
- Gordura nas fezes;
- Alterações glicêmicas.
Como é realizado o diagnóstico?
Muitas vezes, os cistos pancreáticos são descobertos por acaso durante a realização de exames de rotina, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética do abdômen.
Na suspeita de lesões no pâncreas, o médico pode solicitar esses exames, além de uma endoscopia. Em alguns casos, também pode ser realizada uma biopsia para determinar o tipo de cisto pancreático.
Riscos associados ao cisto pancreático
O câncer no pâncreas possui uma alta taxa de mortalidade, por isso o maior risco associado ao cisto pancreático é a evolução para um tumor maligno. Outras complicações que podem surgir são:
- Obstrução dos ductos pancreáticos;
- Ruptura do cisto;
- Sangramentos;
- Infecção;
- Pancreatite aguda (inflamação do pâncreas);
- Compressão do estômago e intestino.
Opções de tratamentos para o cisto pancreático
Os cistos pequenos e assintomáticos não necessitam de tratamento, apenas o acompanhamento regular feito com exames de imagem para monitorar possíveis alterações que podem indicar um quadro mais grave.
Os cistos pancreáticos que causam sintomas desconfortáveis aos pacientes podem ser tratados com medicamentos ou por meio de drenagem cirúrgica ou endoscópica. Os casos com potencial maligno recebem indicação cirúrgica para remover a parte do órgão afetada com os cistos.
Para saber mais sobre como proceder com essa condição, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Tiago Emanuel.
Fontes: