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Cirurgia de câncer gástrico: como funciona e quando é indicada?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
15/01/2024
5 min. de leitura

Saiba mais sobre esse procedimento e as técnicas utilizadas

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, o câncer de estômago, ou câncer gástrico, é o quarto tipo mais frequente entre os homens e o sexto entre as mulheres. Trata-se de um tipo de câncer que tem como tratamento principal a cirurgia. Saiba mais lendo o texto a seguir.

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O que é o câncer gástrico?

O câncer gástrico se desenvolve quando as células localizadas em qualquer parte do estômago crescem e se dividem de maneira anormal. Os tumores podem começar em qualquer região do estômago, mas a maioria tem início no tecido que reveste a parte interna do órgão.

O câncer do estômago pode ser dividido em carcinomas de pequenas células, linfomas, tumores neuroendócrinos e tumores estromais gastrointestinais.

Um dos tratamentos indicados é a cirurgia de câncer gástrico.

Tipos de cirurgias de câncer gástrico

As opções de tratamento para o câncer de estômago dependem da sua localização, do estágio em que se encontra o tumor, da agressividade da doença e do estado de saúde geral do paciente. Um dos tratamentos indicados é a cirurgia de câncer gástrico.

O principal objetivo da cirurgia de câncer gástrico é remover todo o câncer e uma porção do tecido saudável ao seu redor, procedimento chamado de margem cirúrgica. Os tipos de cirurgia de câncer gástrico incluem:

Ressecção endoscópica da mucosa

Este tipo de cirurgia de câncer gástrico é indicado para alguns tipos de câncer de estômago em estágio muito inicial, em que a chance de disseminação para os linfonodos é muito pequena. Nela, o tumor é removido com o auxílio do endoscópio, que é inserido pela garganta até o estômago. É por esse aparelho que o cirurgião insere os instrumentos cirúrgicos necessários para realizar o procedimento.

Gastrectomia subtotal

Este é um tipo de cirurgia de câncer gástrico indicado quando o tumor está localizado na porção inferior do estômago. Dependendo do caso, a cirurgia também pode ser realizada na parte superior. Durante o procedimento, o médico remove uma parte do estômago (se achar necessário, uma parte do esôfago ou a primeira parte do intestino delgado também podem ser retiradas). A parte que sobrou do estômago é, então, religada.

Gastrectomia total

Essa cirurgia é realizada quando o câncer se disseminou por todo o estômago ou quando a doença está localizada na parte superior do órgão, próximo do esôfago. Na gastrectomia total, é removido todo o estômago, linfonodos próximos e o omento (camada de tecido adiposo que reveste o estômago e os intestinos), podendo incluir, ainda, a remoção do baço e partes do esôfago, intestino, pâncreas e outros órgãos adjacentes.

A extremidade do esôfago é, então, ligada a uma parte do intestino delgado, criando um espaço para o alimento ser armazenado antes de descer para o trato intestinal. Por ser uma cirurgia de maior porte, geralmente é realizada de maneira convencional, ou seja, aberta, com um único corte na região do abdômen.

Cirurgia paliativa

Uma cirurgia de câncer gástrico que visa remover parte do estômago pode aliviar os sintomas de um câncer inoperável. Esta pode ser uma opção se o câncer estiver avançado e outros tratamentos não apresentaram resultados. Nesses casos, pode-se realizar uma:

  • Gastrojejunostomia: a cirurgia liga o intestino delgado à parte superior do estômago, contornando o tumor.
  • Ablação tumoral endoscópica: essa cirurgia de câncer gástrico é indicada para pacientes nos quais é preciso aliviar uma obstrução ou interromper um sangramento, mas cujas condições clínicas não permitem a realização de uma cirurgia de maior porte.
  • Colocação de cateter: indicada para casos em que é preciso prevenir a obstrução gástrica, criando uma passagem para a saída dos alimentos.

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Quando é indicada a cirurgia do câncer gástrico?

A cirurgia de câncer gástrico pode ser realizada nos diversos estágios da doença. A escolha pelo tipo de procedimento depende de alguns fatores, como:

  • Subtipo e localização do tumor;
  • Estadiamento;
  • Condições físicas do paciente.

Como é o pós-operatório da cirurgia do câncer gástrico?

Pacientes submetidos à gastrectomia subtotal ou total não podem comer ou beber nos primeiros dias após a cirurgia de câncer gástrico, pois o trato digestivo precisa de um tempo para se restabelecer. No caso da ressecção endoscópica, a recuperação é mais rápida.

O médico pode recomendar o uso de suplementos vitamínicos para repor a baixa de nutrientes decorrente da diminuição da absorção deles pelo estômago.

Em relação à dieta, deve-se considerar uma mudança na quantidade e na frequência das refeições, que precisam ser menores e fracionadas várias vezes ao dia.

Em alguns casos, o pós-operatório da cirurgia de câncer gástrico pode incluir a realização de sessões de quimioterapia ou radioterapia para evitar a recidiva da doença.

Possíveis efeitos adversos na cirurgia de câncer no aparelho digestivo

Os possíveis efeitos colaterais da cirurgia incluem:

  • Dor e desconforto no local da cirurgia de câncer gástrico;
  • Infecção, sangramento e coágulos sanguíneos após a cirurgia;
  • Náuseas, azia, dor abdominal e diarreia, especialmente após as refeições.

O Dr. Tiago Emanuel é cirurgião do aparelho digestivo e tem experiência no tratamento de patologias como o câncer de estômago. Entre em contato e agende uma consulta.

 

Fontes:

Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Cancer Council

American Cancer Society

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica

Mayo Clinic