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Nódulo no pâncreas
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
7 min. de leitura

Formações são, em sua maioria, benignas, mas podem evoluir para câncer de pâncreas em alguns casos

O pâncreas é uma glândula localizada na região posterior do abdômen. Sua atuação é fundamental no processo de digestão, uma vez que produz a insulina, importante para o controle dos níveis glicêmicos, e outras enzimas que atuam na absorção dos nutrientes.

Por ser um órgão importante, a presença de nódulos no pâncreas é uma preocupação constante de pacientes e médicos, já que podem representar tumores malignos. Nem todo nódulo ou cisto no pâncreas, no entanto, é um câncer.

Como existem diversos tipos de nódulo no pâncreas, a diferenciação correta e precoce é fundamental para que seja estabelecido o tratamento com melhores chances de bons prognósticos. Entenda mais a seguir.

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O que é um nódulo no pâncreas

Chamamos de nódulo no pâncreas toda formação cística, isto é, cavidades preenchidas por líquido, que ocorre nesse órgão. A maioria dos nódulos costuma ocorrer no lado direito do pâncreas, área também conhecida como a cabeça do órgão.

Os nódulos no pâncreas podem ser benignos ou malignos. A maioria das lesões benignas são assintomáticas e o tratamento, a princípio, consiste em seu monitoramento periódico junto ao médico especialista.

A maior preocupação, no entanto, está na possibilidade de o nódulo no pâncreas ser ou se tornar um câncer, uma vez que tumores malignos nesse órgão possuem uma alta taxa de mortalidade — muitas vezes por causa do diagnóstico tardio. Ao contrário dos tumores benignos, o câncer no pâncreas pode se manifestar com diversos sintomas.

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Tipos de nódulo no pâncreas

Existem diversos tipos de nódulo no pâncreas. Alguns deles são sempre benignos e não necessitam de uma intervenção mais complexa no tratamento. Outros devem ser observados com mais cuidado, uma vez que podem se tornar malignos.

Nesse sentido, os principais tipos de nódulo no pâncreas são:

Neoplasia cística serosa

Também chamado de cistoadenoma seroso, este tipo de nódulo no pâncreas se manifesta como um ou mais cistos cheios de líquido em seu interior sem comunicação com os ductos pancreáticos. Na maioria dos casos, são benignos e não têm sintomas graves, não precisando ser tratados a não ser que causem incômodo.

Neoplasia cística mucinosa

Este tipo de nódulo no pâncreas também apresenta como principal característica a formação de um ou mais cistos, preenchidos por uma substância gelatinosa chamada mucina de crescimento lento. A maioria dos casos é benigna e ocorre principalmente em mulheres.

Neoplasia mucinosa papilar intraductal

A princípio, consiste em um tumor benigno que tem comunicação ou se forma nos ductos pancreáticos. A neoplasia mucinosa papilar intraductal pode atingir o ducto principal, os ductos secundários ou ambos de forma mista. Apesar de surgir como um tumor benigno, pode se desenvolver e se tornar maligno se não tratado adequadamente.

Neoplasia pseudopapilar sólida

Trata-se de um tipo mais raro de nódulo no pâncreas, que costuma atingir principalmente mulheres entre os 10 e os 30 anos de idade. Apesar de a maioria dos casos não ser potencialmente maligna, é importante que seja realizado o tratamento adequado para eliminar de vez o risco, uma vez que a doença pode evoluir e se espalhar para outros órgãos.

Causas e fatores de risco do nódulo no pâncreas

De forma geral, não se conhece exatamente o que causa um ou mais nódulos no pâncreas. No entanto, existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver esse problema, tais como:

  • Tabagismo;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Diabetes;
  • Exposição a substâncias como solventes e agrotóxicos;
  • Sexo feminino (principalmente nas neoplasias mucinosas e sólidas);
  • Histórico familiar.

Sinais e sintomas de nódulo no pâncreas

Como mencionado anteriormente, a maioria dos nódulos no pâncreas benignos não apresentam sintomas e costumam ser descobertos em exames de rotina ou realizados para investigar outras doenças. Alguns casos, no entanto, podem ter sintomas como:

  • Desconforto no local;
  • Náuseas;
  • Dor abdominal.

Esses sintomas são comuns a outras doenças do sistema digestivo e, por isso, deve haver uma investigação minuciosa sobre sua relação com nódulo no pâncreas.

Já alguns sintomas específicos devem ser tratados com mais atenção, uma vez que podem sugerir a presença de complicações ou tumores malignos. São eles:

  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Fraqueza e tontura;
  • Icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Urina escura;
  • Alterações glicêmicas.

Diagnóstico de nódulo no pâncreas

O diagnóstico de um nódulo no pâncreas é feito por meio da análise de exames de imagem como a tomografia computadorizada, a endoscopia e a ressonância magnética, exames que são solicitados pelo médico após análise clínica do estado do paciente e dos sintomas relatados.

Em alguns casos, para determinar o tipo de nódulo e fazer seu estadiamento adequado, pode ser necessária a realização de uma biópsia, procedimento em que se retira parte do tecido afetado para análise de sua composição. A biópsia pode ser realizada por meio de ultrassonografia endoscópica ou através da pele.

Quando o nódulo no pâncreas é considerado maligno?

Como dito anteriormente, os nódulos no pâncreas são, em sua maioria, benignos. No entanto, existem casos que se tornam malignos ou já são diagnosticados assim.

Um dos principais sinais de alarme para uma possível malignidade do nódulo no pâncreas é seu tamanho e sua comunicação com os ductos. Cistos pequenos que seguem crescendo e atingem tamanhos de até 3 centímetros têm grande potencial de se tornarem cânceres, por exemplo.

Tratamento para nódulos no pâncreas

O tratamento para nódulo no pâncreas depende do tipo, do tamanho e dos sintomas causados pelos cistos no órgão. A maioria dos casos assintomáticos pode ser acompanhada periodicamente sem a necessidade de nenhum tipo de tratamento conservador ou cirúrgico.

Nódulos potencialmente malignos ou que apresentem sintomas e desconforto devem ser tratados com mais atenção. Cistos pequenos e com sintomas leves podem ser tratados de forma conservadora. Em alguns casos, pode ser feita uma drenagem por via cirúrgica ou endoscópica.

Alguns casos, no entanto, requerem uma cirurgia mais complexa, principalmente aqueles com maior risco de se tornarem tumores malignos. No procedimento, o nódulo no pâncreas é removido junto à parte afetada do órgão. O método cirúrgico pode ser aberto ou laparoscópico. A indicação depende da localização, da extensão do cisto e da presença de complicações.

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Complicações e riscos do nódulo no pâncreas

O principal risco relacionado a um nódulo no pâncreas é sua evolução para um tumor maligno. Ainda que cerca de 80% dos casos permaneçam benignos, a preocupação se dá pelo fato de o câncer no pâncreas ser uma doença com altas taxas de mortalidade.

Outras complicações do desenvolvimento de nódulo no pâncreas são:

  • Obstrução dos ductos pancreáticos;
  • Ruptura do cisto;
  • Sangramentos;
  • Infecção;
  • Pancreatite aguda (inflamação do pâncreas);
  • Compressão de outros órgãos, como estômago e intestino.

Prevenção de nódulo no pâncreas

Como dito, não se sabe exatamente as causas do nódulo no pâncreas. No entanto, é possível adotar hábitos que diminuam as chances de o problema se desenvolver, de acordo com os fatores de risco para a doença.

Nesse sentido, é importante manter uma alimentação equilibrada em nutrientes, evitar o sedentarismo por meio de atividade física regular e orientada por profissionais, realizar consultas médicas periódicas e não minimizar qualquer sinal e sintoma de problemas digestivos.

Prognóstico do nódulo no pâncreas

A maioria das pessoas com nódulo no pâncreas consegue viver com o problema realizando apenas acompanhamento periódico de seu desenvolvimento. Casos de tumores benignos tratados cirurgicamente costumam evoluir bem, com melhora dos sintomas.

Já os casos de nódulo no pâncreas que se tornam malignos possuem menor taxa de sobrevida — menor que 50% em até 5 anos, podendo cair para menos de 5% quando diagnosticado tardiamente —, uma vez que a maioria dos casos já são detectados em estágio avançado ou metastático (quando o tecido tumoral já se implanta em outras partes do corpo).

Para saber mais sobre tratamentos de problemas no aparelho digestivo, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Tiago Emanuel.

 

Fontes:

Instituto Nacional do Câncer

American Cancer Society

Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira do Pâncreas

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