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Hérnia epigástrica
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
6 min. de leitura

Protuberância na região entre o tórax e o umbigo é causada pelo enfraquecimento dos músculos da parede abdominal e deve ser tratada cirurgicamente

A hérnia epigástrica é um tipo de hérnia abdominal que ocorre na linha média (ou linha alba), região entre o tórax e o umbigo. Sua principal característica é a formação de uma protuberância que pode ser interpretada como um caroço ou uma bolsa no abdômen. Por causa da proximidade com o umbigo, muitas vezes, sua manifestação é confundida com a da hérnia umbilical.

Muitos casos de hérnia epigástrica não apresentam sintomas além da visível protuberância. Cerca de 10% dos casos de hérnias abdominais são desse tipo, que é mais comum em homens adultos, entre 20 e 50 anos. Em cerca de um quinto dos casos, a hérnia epigástrica pode ser múltipla.

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O que é hérnia epigástrica?

A parede abdominal da região epigástrica, que fica entre o umbigo e o tórax, pode sofrer um enfraquecimento do músculo que, com o passar do tempo, faz surgir um orifício no local. Alguns tecidos, principalmente o adiposo, se deslocam por essa abertura, causando a hérnia epigástrica.

Cerca de 20% dos casos de hérnia epigástrica são múltiplos, ou seja, formados por mais de um orifício na parede abdominal. A maior parte do conteúdo protuberante é de tecido adiposo (composto de células gordurosas), mas, em alguns casos de evolução mais grave, a hérnia pode conter partes das alças dos intestinos grosso e delgado.

Causas da hérnia epigástrica

As causas do enfraquecimento dos músculos da parede abdominal podem ser congênitas ou adquiridas. As pessoas que têm o enfraquecimento muscular desde o nascimento costumam ter a hérnia epigástrica apenas quando chegam à idade adulta, mas em alguns casos podem desenvolvê-la ainda na infância.

Além disso, a condição pode ser adquirida ao longo da vida, e os principais fatores de risco são:

  • Excesso de peso, devido à concentração de gordura abdominal sobre os músculos;
  • Esforços excessivos, por trabalho pesado ou na prática de alguns esportes;
  • Esforços relacionados à contração do abdômen durante a tosse;
  • Gravidez, pois o afastamento dos músculos do abdômen para comportar o crescimento do feto pode não ser recuperado depois, favorecendo o aparecimento da hérnia epigástrica;
  • Falta de atividade física, que tende a fragilizar os músculos com o passar do tempo;
  • Cirurgias com incisões na região não recuperadas adequadamente.

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Sinais e sintomas

O sinal mais evidente de uma hérnia epigástrica é a protuberância em forma de caroço ou saco que se forma na região da linha média do abdômen. De forma geral, não costuma causar outros sintomas, mas algumas pessoas podem sentir dores ao fazer esforços físicos e tossir, por exemplo.

Nos casos em que porções do intestino escaparam pelo orifício muscular, pode ocorrer obstrução do órgão. Nesses casos, prisão de ventre, vômitos e diarreia podem ocorrer. A qualquer sinal desses sintomas, é importante procurar atendimento o quanto antes, pois o tratamento de hérnias com estrangulamento intestinal deve ser cirúrgico e imediato.

Diagnóstico

O diagnóstico da hérnia epigástrica é realizado pelo médico, de preferência um cirurgião especialista em cirurgia digestiva. O médico faz, então, uma análise da história clínica do paciente, avaliando o momento em que o problema surgiu, se há outros sintomas e como a hérnia se comporta em certas situações, como quando o paciente tosse.

Também é feito um exame físico para analisar a protuberância. Muitas vezes, somente esse exame é suficiente para detectar o problema, mas, dependendo do caso, podem ser realizados exames de ultrassonografia, radiografia ou ecografia do abdômen. Dessa forma, é possível avaliar o nível de deslocamento dos tecidos abdominais e a possível presença de partes do intestino na hérnia.

Tratamento da hérnia epigástrica

O único tratamento para hérnia epigástrica é a cirurgia, que consiste no reposicionamento dos tecidos e órgãos extravasados em seus devidos lugares e, caso haja necessidade, colocação de uma tela para reforçar os músculos abdominais e evitar a formação de novas hérnias.

Nos raros casos em que a hérnia se desenvolve em crianças, é recomendado acompanhamento do desenvolvimento da hérnia, deixando a cirurgia para depois do crescimento ou em casos de mais gravidade. Em algumas situações, o próprio desenvolvimento da criança é capaz de corrigir o problema.

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Cirurgia de hérnia epigástrica

A cirurgia de hérnia epigástrica se chama hernioplastia. É recomendada em todos os casos de hérnia epigástrica em pessoas adultas em condições de saúde para fazerem o procedimento. Por isso, é importante que seja feita uma série de exames pré-operatórios, como exames de sangue e cardiológicos, e qualquer outra avaliação que o médico julgar necessária.

Existem três tipos de cirurgia de hérnia epigástrica:

  • Cirurgia aberta ou tradicional: feita através de um corte na área em que está localizada a hérnia. Pode ser colocada uma tela para reforçar a musculatura da parede abdominal. É mais recomendada em casos de hérnias muito grandes e com maior gravidade.
  • Cirurgia por laparoscopia: é uma técnica minimamente invasiva, feita por meio de três pequenas incisões. Por elas, são inseridos os instrumentos cirúrgicos e uma câmera. Assim como na cirurgia aberta, pode ser associada à colocação de uma tela para reforçar a musculatura. Tem baixo risco de complicações e período de recuperação mais rápido que a cirurgia tradicional.
  • Cirurgia robótica: é um processo semelhante à laparoscopia, mas, nesse caso, o cirurgião guia um robô que manipula os instrumentos cirúrgicos. É um procedimento muito seguro e eficaz, uma vez que o robô oferece mais controle e precisão.

A cirurgia é feita em ambiente hospitalar e com anestesia geral. O período pós-operatório requer uma série de cuidados, como:

  • Manter uma alimentação balanceada;
  • Higiene adequada da área operada;
  • Não dirigir por pelo menos 7 dias;
  • Evitar exercícios físicos e carregar peso por pelo menos 30 dias, ou pelos períodos que o médico julgar necessários para uma recuperação adequada.

Médico para hérnia epigástrica

Por ser uma doença que só pode ser tratada pelo método cirúrgico, e em alguns casos com urgência, a hérnia epigástrica precisa ser acompanhada por um médico cirurgião do aparelho digestivo com experiência e conhecimento no tratamento de hérnias abdominais.

O Dr. Tiago Emanuel tem experiência em técnicas de cirurgias digestivas minimamente invasivas, como a laparoscopia. Para saber mais sobre as hérnias epigástricas e seu tratamento, entre em contato e agende uma consulta.

 

Fontes:

Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal

Manual MSD

Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde

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