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Adenoma hepático
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

Tumor benigno de fígado, o adenoma hepático demanda acompanhamento periódico e pode demandar intervenção cirúrgica

O adenoma hepático é um tumor benigno que afeta o fígado, tendo origem no canal biliar ou nas células hepáticas. Por mais que seja uma condição benigna, é essencial acompanhar e tratar cuidadosamente desta formação, pois ela possui chances elevadas de apresentar hemorragia ou de acabar evoluindo para um carcinoma hepatocelular — esta, sim, uma condição maligna.

Considerado um tipo raro de tumor do fígado, o adenoma hepático está diretamente associado a níveis hormonais alterados e tem maior incidência em mulheres com idade entre 20 e 50 anos que acabaram de passar por uma gestação ou que usaram anticoncepcionais orais por um período prolongado. Existem casos em que o paciente apresenta mais de 10 adenomas no corpo, uma condição chamada adenomatose, e que afeta igualmente homens e mulheres.

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O que é adenoma hepático?

Também chamado de adenoma hepatocelular, o adenoma hepático é uma neoplasia benigna pouco frequente e que acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva. Esta condição pode ser dividida em dois principais subtipos: tumor que surge no canal biliar ou tumor que surge nas células hepáticas. O primeiro caso geralmente não apresenta risco ao paciente, enquanto o segundo demanda acompanhamento médico.

É importante destacar que o adenoma hepático não deve ser confundido com câncer, uma vez que este tumor tem características benignas. Isso não significa, entretanto, que o problema não demanda atenção: caso não seja devidamente tratado, pode causar hemorragia ou até mesmo evoluir para um quadro de malignidade.

Causas do adenoma hepático

Não há uma única causa definitiva para o desenvolvimento de adenoma hepático, mas o principal fator de risco é a exposição a estrogênios, tais como anticoncepcionais orais. Esta relação entre o uso desses medicamentos e a alteração foi feita porque, entre as décadas de 1980 e 1990, foi registrado um aumento dos diagnósticos, coincidindo justamente com a difusão dos contraceptivos.

Outro fator de risco para a ocorrência do adenoma hepático é o uso de androgênios anabolizantes, além de algumas síndromes genéticas raras — como doenças que alteram o armazenamento de glicogênio ou polipose adenomatosa familiar. Obesidade e demais síndromes metabólicas também podem favorecer a condição, especialmente em pacientes homens.

Sinais e sintomas

Na maioria dos casos, o adenoma hepático não apresenta qualquer tipo de sintoma, mas alguns pacientes relatam dor leve na região superior direita do abdômen. Em casos raros, a formação pode romper e ficar sangrando para o interior da cavidade abdominal, levando o paciente a sentir uma dor muito forte e repentina na barriga. Este sintoma pode ser acompanhado por sensação de desmaio, transpiração excessiva e aumento dos batimentos cardíacos.

Caso esses últimos sintomas se manifestem, é um sinal de que o adenoma se rompeu, demandando atendimento emergencial. Existem casos muito específicos em que a alteração pode levar, ainda, à icterícia, presença de massa palpável no abdômen e fígado aumentado.

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Diagnóstico do adenoma no fígado

Por ser uma alteração geralmente assintomática, o adenoma hepático normalmente é identificado em exames de rotina ou durante uma investigação diagnóstica para avaliar outro problema. Caso isso aconteça, normalmente é indicado procurar um médico hepatologista para fazer exames mais específicos e confirmar a presença da alteração. Em geral, os exames mais utilizados são a ressonância magnética e a tomografia computadorizada.

A investigação aprofundada por meio desses exames de imagem permite, ainda, que o médico identifique o tipo de adenoma hepático apresentado pelo paciente, orientando assim o tratamento mais adequado para o caso. Os principais tipos possíveis são:

  • Inflamatório: é o mais comum, sendo também o que apresenta maior taxa de rompimento;
  • Mutação HFN1α: é o segundo mais frequente;
  • Mutação ß-catenina: menos comum, desenvolvendo-se principalmente em homens que utilizam anabolizantes, casos que oferecem maior risco para transformação maligna;
  • Não classificável: é um tipo de tumor que não se encaixa em nenhum dos outros tipos.

Tratamento para adenoma hepático

Levando em consideração que a maior parte dos casos de adenoma hepático é benigno, o tratamento do adenoma hepático muitas vezes consiste apenas em realizar uma vigilância constante de seu tamanho. Isso é feito a partir de exames periódicos de tomografia computadorizada, ressonância magnética ou ultrassom. O acompanhamento é fundamental para identificação de uma possível evolução do tumor para a malignidade, ajudando a evitar esta complicação.

Assim, considera-se o tratamento operatório em pacientes sintomáticos e naqueles que é impossível descartar o diagnóstico de lesão maligna. Os adenomas hepáticos menores de 5 centímetros são passiveis de observação, enquanto os maiores de 5 centímetros e aqueles do sexo masculino são mais bem tratados por uma ressecção hepática (cirurgia do fígado).

O transplante do fígado é um recurso terapêutico adicional, especialmente naqueles pacientes que apresentam progressões dos sintomas e das lesões, mesmo que já tendo sido submetidos a ressecções hepáticas. 

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Cirurgia de fígado

Nos casos em que o tumor cresceu significativamente ao longo do tempo ou apresenta volume maior do que 5 centímetros, pode ser recomendada a realização de uma intervenção cirúrgica para remover a lesão e evitar o rompimento do tumor e suas complicações. A operação também pode ser indicada para mulheres que têm o desejo de engravidar, uma vez que a presença do adenoma hepático pode complicar a gestação.

Em geral, a cirurgia de fígado é considerada simples e oferece baixo risco ao paciente, sendo realizada em ambiente hospitalar, com anestesia geral e preferencialmente com métodos menos invasivos. O procedimento também é o tratamento indicado para quadros em que houve rompimento do adenoma. Nestes casos, a intervenção é emergencial e deve ser realizada para estancar a hemorragia e remover a lesão.

Médico para adenoma hepático

O acompanhamento do adenoma hepático deve ser feito por um médico hepatologista, que se responsabiliza justamente por cuidar da saúde do fígado, vesícula biliar e pâncreas. Caso este especialista identifique a necessidade de tratamento cirúrgico, o ideal é que o paciente seja encaminhado para um cirurgião com conhecimento específico em gastroenterologia e hepatologia.

Para saber mais a respeito do adenoma hepático, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Tiago Emanuel.

 

Fontes:

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

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